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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Durval e os 17 aprendizes

no Informe JB

Fica mais evidente, a cada dia, e a cada descoberta no relatório do inquérito que corre sobre o mensalão do governo do Distrito Federal, o porquê de o governador José Roberto Arruda ter dito, numa conversa gravada com o algoz Durval Barbosa, que o negócio tinha que ser unificado. É que Durval fez escola. Além dele, mais 17 aliados monitorados pelo então secretário do governo faziam a coleta para a caixinha da turma. Durval ensinou também a mais dois aliados a gravarem vídeos das conversas. Dois nomes ainda são o pesadelo do governo. Um deles atende por Toledo, que operava na Secretaria de Saúde. Outro é chamado de Roxo, que atua na Secretaria de Obras, Novacap e Terracap. Mais lama pode aparecer nessas escavações.

Biografia

Durval tem biografia recheada de polêmicas, desde 1997. Ele era o delegado da Polícia Civil do bairro Cruzeiro, conhecido por gostar de judiar de assaltantes presos. Virou o terror.

Eu me nomeio...

A Codeplan, alvo do escândalo sobre milionários contratos fraudulentos, foi ocupada, literalmente, por Durval, assim que JOAQUIM RORIZ virou governador. Dali, Durval ligou do gabinete para Roriz e pediu que o nomeasse secretário. Aconselhado por assessores, Roriz o fez, ciente de que o delegado tinha “a Polícia Civil na mão”, conta uma testemunha do ocorrido à época.

Faxineiro

Durval havia ganhado a “confiança” de Roriz porque na gestão de Christovam Buarque ele fez uma limpa na PM de Brasília.

Mistério

Ainda é um mistério o jantar da cúpula do DEM com um quarteto do Supremo Tribunal Federal, na segunda à noite, no apartamento de um senador na Super Quadra Sul em Brasília.

Aécio

O governador Aécio Neves (MG) destaca que ficou sabendo das informações sobre a operação da PF em Brasília por meio do noticiário. E que não fez nenhum contato com o ministro Fernando Gonçalves sobre o assunto.

Nos autos

É que Durval Barbosa, em depoimento à PF, disse que Arruda teria entrado em contato com Aécio para pedir ajuda.

Fala, Gonçalves

O ministro do STJ Fernando Gonçalves confirmou à coluna que recebeu no gabinete o governador José Roberto Arruda (DF). O encontro foi dia 6 de novembro, três semanas antes da operação da PF. Gonçalves disse para Arruda que havia um processo em andamento, sob sigilo. E ponto final. Arruda saiu agoniado, dizem interlocutores.

Pressão

Fontes que acompanham o caso informaram que a pressão diplomática de Arruda no judiciário foi até à véspera da operação.

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