Auditoria de gestão em cidade de médio para grande porte no interior do Paraná. As Unidades Básicas de Saúde - UBS "comuns" fechavam às 13 horas, as UBS "ESF" fechavam às 16 horas. Os médicos, indóceis, ameaçando com greve. Alguns apareciam nas unidades pela manhã e saiam por volta das 9 horas. Por precaução deixavam algumas folhas de receituário prontas e assinadas.
O Pronto Socorro Municipal era a síntese do caos: plantonista atarefadíssimo, atendendo observação, consultas, falando ao telefone para negociar transferência de pacientes e ainda tinha que sobrar um tempo para uma passadinha na UTI.
A auditoria concluiu (entre outras coisas) que a principal questão a ser enfrentada com urgência era a reorganização da Atenção Básica. Aquela situação caótica do Pronto Socorro servindo de porta de entrada do sistema, do inferno e do paraíso era completamente inadequada. A porta de entrada do sistema tem que ser a Atenção Básica!
Algum tempo depois, chega resposta do gestor municipal. Informa que o problema já havia sido equacionado:
Ele havia providenciado um esquema de transporte para carregar de volta para as UBS, que é o lugar correto onde eles deveriam ser atendidos, os pacientes que se encontravam na espera do Pronto Socorro.
Simples assim...
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