no Jornal do Brasil
BRASÍLIA - As despesas do governo com serviços de saúde pública subiram de R$ 70,4 bilhões, em 2005, para R$ 93,4 bilhões, em 2007. Essa expansão, de 32,6% em valores correntes, representou também uma elevação da participação em relação ao Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, que passou de 3,3% para 3,5% no mesmo período. Os gastos das famílias com esses serviços ficaram estáveis em relação ao PIB (4,8%), embora em valores correntes tenham aumentado de R$ 103,2 bilhões para R$ 128,9 bilhões entre os dois anos.
Os dados, apresentados quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, fazem parte da pesquisa Conta Satélite Saúde Brasil, que traz informações sobre a produção, o consumo e o comércio exterior de bens e serviços relacionados à saúde, além de dados relacionados ao trabalho e à renda nas atividades que geram esses produtos. De acordo com a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública, ligada à Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Maria Angélica Borges, que também ajudou a fazer o levantamento, a elevação dos gastos da administração pública com o setor foi significativa, apesar de ter sido de apenas 0,2 ponto percentual em relação ao Produto Interno Bruto.
– Estamos falando de uma expansão relativa ao PIB, que envolve trilhões de reais – destacou.
Apesar do crescimento, dados relativos aos países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelam que o Brasil ainda está bem atrás de nações como os Estados Unidos, onde os gastos da administração pública com saúde representaram, em 2007, 16% do PIB; e a França (11%).
Para Maria Angélica Borges, de um modo geral, os países têm aumentado os gastos com saúde, impulsionados pela “incorporação de novas tecnologias e pelo envelhecimento da população”. (Abr)
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