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A parceria entre Fiocruz e o BNDES consolida a pauta estratégica no campo da infraestrutura tecnológica. Um dos principais enfoques serão as parcerias público-privadas
Um acordo de R$ 1 bilhão promete dar um novo impulso para o setor produtivo na área de saúde nos próximos cinco anos. A cooperação, envolvendo esse montante, foi firmada nesta segunda-feira (30) entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). A parceria permitirá o investimento tanto no setor público como privado em áreas de inovação e de produção. Os principais enfoques da parceria são: produção de fármacos, novas vacinas e medicamentos fitoterápicos.
“Estabelecemos uma aliança estratégica, de alto interesse do Estado e da sociedade brasileira”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A assinatura do convênio foi firmada entre os presidentes da Fiocruz, Paulo Gadelha, e do BNDES, Luciano Coutinho. A partir de agora, a fundação auxiliará o BNDES no financiamento estratégico do setor.
O complexo industrial da saúde passa a contar, por exemplo, com a mudança no modelo de gestão da Fiocruz para estabelecer parcerias. A Fiocruz poderá encubar empresas de base tecnológica (em sociedades de propósito específicos) em novas biotecnologias com o financiamento de risco do banco. Pelo acordo, a fundação subsidiará a definição de ações estratégicas do BNDES no campo de produção e inovação em saúde, fornecerá informações para as políticas e programas do banco direcionadas ao setor e realizará estudos de viabilidade técnico-científicos para produtos inovadores.
Um dos principais objetos do convênio é estabelecer parcerias público-privadas, que têm produzido retornos significativos, tanto na economia financeira como em transferência de tecnologia. Além da produção nacional do genérico Efavirenz, o Ministério da Saúde anunciou, neste ano, nove parcerias entre sete laboratórios públicos e 10 empresas privadas para a produção de 24 fármacos a serem utilizados por pacientes do SUS. Uma economia anual de R$ 160 milhões.
A cooperação também permitirá a consolidação da pauta estratégica da Fiocruz no campo da infraestrutura tecnológica, que prevê a finalização do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), em construção no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro; o Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e Reativos para Diagnóstico (CIPBR) do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz); e o projeto de produção de insulina do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). O Termo de Cooperação contempla, ainda, o desenvolvimento sustentável, que envolve o trabalho com a biodiversidade, no campus de Jacarepaguá da Fiocruz, com a produção de medicamentos fitoterápicos (confira mais abaixo).
Temporão também destacou que o Termo de Cooperação possibilitará a ampliação da instalação de novas unidades da Fundação pelo país, como em Curitiba, que já está operando, Ceará, em desenvolvimento, Piauí, Mato Grosso do Sul, Brasília e Rondônia, permitindo o desejado desenvolvimento regional de tecnologia em saúde.
SAIBA MAIS
CENTRO INTEGRADO CIPBR:
• O Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e Reativos para Diagnósticos (CIPBR) do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz) será a mais moderna planta de protótipos do país.
• Esse novo centro produzirá biofármacos (alfaepoetina humana recombinante, o antiviral alfainterferona 2b humano recombinante e o interferon peguilado) e reativos para diagnóstico de diferentes doenças.
• Terá, ainda, papel estratégico no desenvolvimento destes e de outros imunobiológicos, como vacinas virais e bacterianas.
INSTITUTO CARLOS CHAGAS:
• A Planta de Insumos para Diagnósticos em Saúde é fruto de um consórcio tecnológico entre o Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz), Biomanguinhos, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).
• A planta produzirá insumos para kits brasileiros NAT HIV/HCV, teste molecular para detecção dos vírus da Aids e da hepatite C.
• O acordo para a instalação do ICC/Fiocruz no Paraná ocorreu em 4 de agosto deste ano.
• Essa é uma planta que surge com o objetivo de reduzir a dependência brasileira de importações e de ofertar kits de diagnóstico.
• A perspectiva é de que se tenha possibilidade de produzir no local os insumos necessários para o diagnóstico molecular do vírus Influenza A (H1N1), o vírus da nova gripe, entre outros testes.
CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO EM SAÚDE:
• O Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) integrará pesquisa, desenvolvimento tecnológico e produção e funcionará no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro.
• A previsão é que a obra esteja concluída até o fim de 2010.
• Nesse novo espaço da Fiocruz, deverão ser desenvolvidas atividades visando, sobretudo, abordagens inovadoras para a prevenção e/ou tratamento de doenças negligenciadas e para os problemas de saúde pública que sejam de relevância epidemiológica para o Brasil.
• O CDTS terá como finalidade principal dotar o país de capacidade para o desenvolvimento de novas tecnologias, bens e insumos de saúde (como vacinas, medicamentos, testes para diagnóstico).
• Serão estabelecidas colaborações e parcerias com os setores público e privado para atender às necessidades de saúde da população e ao aprimoramento ou à execução de programas nacionais.
• O CDTS também buscará a redução da dependência tecnológica externa, repercutindo na diminuição do déficit comercial para os produtos da saúde.
• Entre as áreas que serão trabalhadas no futuro centro estão as coleções biológicas e as plataformas de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico, incluindo genômica, proteômica, bioinformática, toxicologia, produção e purificação de proteínas recombinantes e anticorpos monoclonais.
PROJETO DE INSULINA EM FARMANGUINHOS:
• O intercâmbio tecnológico firmado com o Instituto Indar, da Ucrânia, vai permitir que o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) produza 50 milhões de doses de insulina humana por ano.
• Isso deverá ocorrer já a partir de 2010.
• Atualmente, o Brasil importa 170 milhões de doses do medicamento, dedicado ao tratamento da diabetes.
• A tecnologia da produção será a da insulina recombinante, que gera um produto final mais barato.
A parceria entre Fiocruz e o BNDES consolida a pauta estratégica no campo da infraestrutura tecnológica. Um dos principais enfoques serão as parcerias público-privadas
Um acordo de R$ 1 bilhão promete dar um novo impulso para o setor produtivo na área de saúde nos próximos cinco anos. A cooperação, envolvendo esse montante, foi firmada nesta segunda-feira (30) entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). A parceria permitirá o investimento tanto no setor público como privado em áreas de inovação e de produção. Os principais enfoques da parceria são: produção de fármacos, novas vacinas e medicamentos fitoterápicos.
“Estabelecemos uma aliança estratégica, de alto interesse do Estado e da sociedade brasileira”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A assinatura do convênio foi firmada entre os presidentes da Fiocruz, Paulo Gadelha, e do BNDES, Luciano Coutinho. A partir de agora, a fundação auxiliará o BNDES no financiamento estratégico do setor.
O complexo industrial da saúde passa a contar, por exemplo, com a mudança no modelo de gestão da Fiocruz para estabelecer parcerias. A Fiocruz poderá encubar empresas de base tecnológica (em sociedades de propósito específicos) em novas biotecnologias com o financiamento de risco do banco. Pelo acordo, a fundação subsidiará a definição de ações estratégicas do BNDES no campo de produção e inovação em saúde, fornecerá informações para as políticas e programas do banco direcionadas ao setor e realizará estudos de viabilidade técnico-científicos para produtos inovadores.
Um dos principais objetos do convênio é estabelecer parcerias público-privadas, que têm produzido retornos significativos, tanto na economia financeira como em transferência de tecnologia. Além da produção nacional do genérico Efavirenz, o Ministério da Saúde anunciou, neste ano, nove parcerias entre sete laboratórios públicos e 10 empresas privadas para a produção de 24 fármacos a serem utilizados por pacientes do SUS. Uma economia anual de R$ 160 milhões.
A cooperação também permitirá a consolidação da pauta estratégica da Fiocruz no campo da infraestrutura tecnológica, que prevê a finalização do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), em construção no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro; o Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e Reativos para Diagnóstico (CIPBR) do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz); e o projeto de produção de insulina do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). O Termo de Cooperação contempla, ainda, o desenvolvimento sustentável, que envolve o trabalho com a biodiversidade, no campus de Jacarepaguá da Fiocruz, com a produção de medicamentos fitoterápicos (confira mais abaixo).
Temporão também destacou que o Termo de Cooperação possibilitará a ampliação da instalação de novas unidades da Fundação pelo país, como em Curitiba, que já está operando, Ceará, em desenvolvimento, Piauí, Mato Grosso do Sul, Brasília e Rondônia, permitindo o desejado desenvolvimento regional de tecnologia em saúde.
SAIBA MAIS
CENTRO INTEGRADO CIPBR:
• O Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e Reativos para Diagnósticos (CIPBR) do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz) será a mais moderna planta de protótipos do país.
• Esse novo centro produzirá biofármacos (alfaepoetina humana recombinante, o antiviral alfainterferona 2b humano recombinante e o interferon peguilado) e reativos para diagnóstico de diferentes doenças.
• Terá, ainda, papel estratégico no desenvolvimento destes e de outros imunobiológicos, como vacinas virais e bacterianas.
INSTITUTO CARLOS CHAGAS:
• A Planta de Insumos para Diagnósticos em Saúde é fruto de um consórcio tecnológico entre o Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz), Biomanguinhos, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).
• A planta produzirá insumos para kits brasileiros NAT HIV/HCV, teste molecular para detecção dos vírus da Aids e da hepatite C.
• O acordo para a instalação do ICC/Fiocruz no Paraná ocorreu em 4 de agosto deste ano.
• Essa é uma planta que surge com o objetivo de reduzir a dependência brasileira de importações e de ofertar kits de diagnóstico.
• A perspectiva é de que se tenha possibilidade de produzir no local os insumos necessários para o diagnóstico molecular do vírus Influenza A (H1N1), o vírus da nova gripe, entre outros testes.
CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO EM SAÚDE:
• O Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) integrará pesquisa, desenvolvimento tecnológico e produção e funcionará no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro.
• A previsão é que a obra esteja concluída até o fim de 2010.
• Nesse novo espaço da Fiocruz, deverão ser desenvolvidas atividades visando, sobretudo, abordagens inovadoras para a prevenção e/ou tratamento de doenças negligenciadas e para os problemas de saúde pública que sejam de relevância epidemiológica para o Brasil.
• O CDTS terá como finalidade principal dotar o país de capacidade para o desenvolvimento de novas tecnologias, bens e insumos de saúde (como vacinas, medicamentos, testes para diagnóstico).
• Serão estabelecidas colaborações e parcerias com os setores público e privado para atender às necessidades de saúde da população e ao aprimoramento ou à execução de programas nacionais.
• O CDTS também buscará a redução da dependência tecnológica externa, repercutindo na diminuição do déficit comercial para os produtos da saúde.
• Entre as áreas que serão trabalhadas no futuro centro estão as coleções biológicas e as plataformas de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico, incluindo genômica, proteômica, bioinformática, toxicologia, produção e purificação de proteínas recombinantes e anticorpos monoclonais.
PROJETO DE INSULINA EM FARMANGUINHOS:
• O intercâmbio tecnológico firmado com o Instituto Indar, da Ucrânia, vai permitir que o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) produza 50 milhões de doses de insulina humana por ano.
• Isso deverá ocorrer já a partir de 2010.
• Atualmente, o Brasil importa 170 milhões de doses do medicamento, dedicado ao tratamento da diabetes.
• A tecnologia da produção será a da insulina recombinante, que gera um produto final mais barato.
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