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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Hospital e clínicas de Maringá usavam medicamentos roubados

Os remédios, que custa até R$ 6 mil reais a caixa, teriam sido roubados de hospitais e farmácias da rede pública de saúde de São Paulo


Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) de Maringá apreendeu duas caixas de medicamentos que haviam sido roubadas de hospitais e farmácias da rede pública de saúde deSão Paulo. A ação foi realizada na tarde desta quinta-feira (25), em um hospital da cidade, que não teve o nome divulgado.
Segundo comunicado repassado para a imprensa, o Nurce havia recebido a informação de que hospitais e clínicas de Maringá haviam adquirido o medicamento “Mabthera”, roubado em meados de 2009. A droga fabricada pela Roche é destinada ao combate do linfoma (câncer do sistema linfático) e artrite reumática. Cada caixa deste medicamento é vendida no mercado pelo preço de aproximadamente R$ 6 mil.Com mandados de busca e apreensão, os policias estiveram em vários estabelecimentos de saúde.“Durante a diligência foi comprovada, através da análise das notas fiscais apreendidas, a aquisição dos medicamentos, os quais estavam aguardando para serem utilizados ou já haviam sido utilizados no tratamento de pacientes com câncer”, explicou a nota assinada pelo delegado do Nurce Maringá, Fernando Ernandes Martins.
Prejuízos
Os policiais da Nurce constataram que tanto o hospital como algumas clínicas foram ludibriadas por uma empresa paulistana. Segundo a polícia, os estabelecimentos de Maringá adquiriram os medicamentos com notas fiscais e dentro do preço de mercado. “A empresa vendedora estava devidamente registrada e autorizada pelos órgãos competentes para a comercialização de referidos medicamentos, o que caracterizaria a boa-fé dos estabelecimentos de saúde”, destacou o comunicado.
O prejuízo para o hospital maringaense - onde foram apreendidas as caixas do medicamento roubado - chega a R$ 12 mil. Os policiais instauraram um inquérito para apurar os fatos e a documentação apreendida será analisada pelo setor de análises do Nurce. O material com os resultados será encaminhado à Polícia Civil de São Paulo para subsidiar as investigações contra os proprietários da distribuidora de medicamentos. A reportagem tentou contato com a empresa sediada na capital paulista, mas ninguém atendeu aos telefonemas. Estima-se que o roubo dos medicamentos causou um prejuízo de cerca de R$ 40 milhões aos cofres públicos de São Paulo.

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