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terça-feira, 27 de abril de 2010

Hipertensão avança e atinge 24,4% dos brasileiros


no Portal da Saúde MS

Ministério da Saúde e sociedades médicas lançam campanha de prevenção da doença. Serão dicas para diminuir sal e manter peso e alimentação saudável 

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A proporção de brasileiros diagnosticados com hipertensão arterial cresceu de 21,5%, em 2006, para 24,4%, em 2009. Os dados fazem parte de levantamento anual do Ministério da Saúde e foram divulgados nesta segunda-feira (26), Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão. Para enfrentar o avanço da doença, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e representantes das sociedades brasileiras de Cardiologia, de Hipertensão e de Nefrologia lançam uma campanha de alerta à população.

“A alimentação inadequada e o sedentarismo são aliados das doenças cardiovasculares. Quem costuma comer carne com gordura, deixa de lado alimentos saudáveis e não se exercita é forte candidato a ter pressão alta”, avalia a coordenadora do Programa Nacional de Hipertensão Arterial e Diabetes do Ministério da Saúde, Rosa Maria Sampaio.

A campanha de alerta sobre a hipertensão é uma parceria entre o Ministério da Saúde e as sociedades brasileiras de Cardiologia, de Hipertensão e de Nefrologia. A principal mensagem é: prevenir a pressão alta depende de escolhas individuais. São enfocadas ações como diminuir a quantidade de sal na comida e manter o peso saudável. Além disso, as peças da campanha incentivam o consumo de frutas e hortaliças e a prática frequente de exercícios. 

O Ministério da Saúde investirá R$ 1,5 milhão nessa campanha. Cartazes e fôlderes com orientações de prevenção e de tratamento serão distribuídos à população. As peças serão veiculadas em rádio e TV dos 27 estados brasileiros.  A hipertensão é uma inimiga silenciosa da saúde porque não tem sintomas. Por isso, as pessoas devem medir regularmente a pressão e checar se ela está dentro da média, que é de 12 por 8. Apesar de não ter cura, a doença tem tratamento e pode ser controlada por medicamentos oferecidos na rede pública e no programa Aqui Tem Farmácia Popular (ver release Drogarias conveniadas com governo vão vender remédios contra colesterol e diabetes mais baratos).

RETRATO NACIONAL - A pesquisa do MS feita com 54 mil adultos (Vigitel) revela que a prevalência da doença, de 2006 a 2009, aumentou em todas as faixas etárias, principalmente entre os idosos. Atualmente, 63,2% das pessoas com 65 anos ou mais sofrem do problema contra 57,8%, em 2006. 

O percentual de hipertensos não passa de 14% na população até os 34 anos. Dos 35 aos 44 anos, a proporção sobe para 20,9%. O índice salta para 34,5%, dos 45 aos 54, e para 50,4%, dos 55 aos 64 anos. Esse aumento na ocorrência da doença, de acordo com a idade, é resultado de padrões alimentares e de atividade física ao longo da vida, além de fatores genéticos, estresse e outros determinantes.  

De acordo com o Vigitel, a proporção de hipertensos é maior entre mulheres (27,2%) que entre homens (21,2%). A pesquisa também aponta que, quanto menor a escolaridade, mais casos da doença são diagnosticados. Entre os adultos com até oito anos de educação formal, 31,5% declaram que têm hipertensão. O porcentual cai para 16,8% se considerado o grupo de pessoas de nove a 11 anos de instrução.


SAIBA MAIS - HIPERTENSÃO
A pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9. A doença é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo. Esse movimento acaba sobrecarregando vários órgãos, como coração, rins e cérebro. Se a hipertensão não for tratada, algumas das complicações são: entupimento de artérias, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto.


PROPORÇÃO DE HIPERTENSOS
POR CAPITAL
Fonte: Vigitel 2009
 
Capitais / DF
Total
 
%
Aracaju
22,7
Belém
18,8
Belo Horizonte
25,1
Boa Vista
15,8
Campo Grande
26,5
Cuiabá
23,9
Curitiba
21,5
Florianópolis
19,3
Fortaleza
20,7
Goiânia
21,2
João Pessoa
24,8
Macapá
16,8
Maceió
21,8
Manaus
18,6
Natal
23,0
Palmas
14,9
Porto Alegre
25,4
Porto Velho
21,8
Recife
27,6
Rio Branco
24,9
Rio de Janeiro
28,0
Salvador
26,2
São Luís
18,5
São Paulo
26,5
Teresina
22,0
Vitória
23,3
Distrito Federal
21,2

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