Principal problema está na rede coletora insuficiente, que não permite tratar todo o esgoto; 18 milhões de litros são jogados por hora nos rios
Eduardo Reina – O Estado de S.Paulo
A Região Metropolitana de São Paulo coleta 97% de seu esgoto, mas, sem redes coletoras suficientes, despeja nos Rios Tietê, Pinheiros, Tamanduateí e afluentes 18 milhões de litros por hora de sujeira – volume suficiente para encher 17 piscinas olímpicas. Esse descompasso faz com que a cidade de São Paulo não consiga avançar no ranking nacional de saneamento.
Estudo do Instituto Trata Brasil, que analisa investimentos feitos no setor em 2009, aponta a 22.ª colocação para a capital entre 81 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Em 2007, São Paulo ocupava o 21.º lugar; em 2008, foi para 22.º. A lista tem como base dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades.
E o que impede a cidade de avançar? Desde 1992, o governo estadual gastou mais de US$ 3 bilhões na despoluição do Rio Tietê, mas isso não bastou para eliminar seu aspecto de esgoto a céu aberto. Apesar dos milionários investimentos da Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) na ampliação da rede coletora – R$ 1,2 bilhão entre 2008 e 2009 -, a falta de tratamento também continua sendo a "pedra no sapato" da cidade. E a meta é resolver o problema só em 2018.
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