no Conversa Afiada
Naquele estilo engordurado, que instala colesterol só de ler, o Farol de Alexandria dá severo recado ao Serra, na página 2 do Estadão:
“Está na hora de cada candidato, com a alma aberta e a cara lavada, dizer ao País o que pensa.”
Não há de ser a Dilma que precise dizer ao País o que pensa.
Se houvesse alguma dúvida, bastava consultar o IBGE, a primeira página da Folhaaquela tabelinha de hoje (“Investimentos federais batem recorde com Lula”), ou que compara o Governo Lula ao do FHC.
Todo mundo sabe o que a Dilma pensa: seguir a obra do Governo Lula, que deu de 10 a 0 no do Farol.
Logo, o FHC está desesperado, porque o candidato dele não veste a camisa do Governo FHC.
Aliás, nenhum candidato do PSDB vestiu a camisa do Governo do FHC.
Em 2002, o Serra fugiu do Governo FHC – de que foi Ministro do Planejamento e da Saúde – como o Galvão foge do twitter.
Em 2006, o Alckmin vestiu a camisa da Petrobrás e do Banco do Brasil para jurar que é contra as privatizações.
(Por falar nisso vem aí o livro “Nos Porões da Privataria”, de Amauri Ribeiro Jr, o tal livro que aloprou o Serra. Amaury trata da sociedade em Miami – em Miami ! – da filha de Serra com a irmã de Daniel Dantas.)
Esse é que é o problema do Farol de Alexandria, aquele que iluminava a Antiguidade e foi destruído num terremoto (eleitoral).
A herança dele é letal.
O que sobrou foi a arrogância udenista, o paulistismo.
Clique aqui para ler sobre o fim do paulistismo na política brasileira.
E aqui para ver por que o PSDB perdeu a hegemonia e teve que se ajoelhar aos pés da família Maia, no Rio.
Já que estamos na época de tocar um tango argentino, como fez a Globo para humilhar o Maradona, o melhor que faz o FHC é cantar um tango argentino.
E celebrar os 30% do Datafalha (Clique aqui e leia “Por que a Folha prefere se desmoralizar com o Datafalha”) e do Globope, de onde o candidato dele não sai desde 2002.
O PiG (*) de hoje celebra o “empate técnico” do Serra.
Como diria o Galvão, depois que a Holanda empatou: “já esteve melhor para o Serra”.
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