no Noblat
Alvo de processo no Conselho de Ética da Câmara, o deputado Paulo Roberto Pereira (PTB-RS) apresentou ao colegiado uma licença médica para tratamento psiquiátrico.
O atestado foi assinado por um médico particular, que atua em Porto Alegre (RS).
O parlamentar é acusado de conivência na contratação de funcionários-fantasmas no seu gabinete.
As irregularidades foram identificadas por uma sindicância da Câmara criada para investigar a venda de passagens aéreas da cota parlamentar.
Essa é a segunda vez que o parlamentar apresenta um atestado médico ao Conselho.
Na primeira vez, Pereira pediu licença para se submeter a uma cirurgia odontológica.
A licença para tratamento psiquiátrico foi encaminhada ao Conselho de Ética no último dia 30 de junho, logo após vencer a primeira, e tem validade de 30 dias.
Por meio desses artifícios, o deputado até o momento não foi notificado para apresentar a defesa, o que impede o prosseguimento do caso.
Além das manobras regimentais, o episódio também teve uma reviravolta quanto à indicação do relator.
Inicialmente, o relator seria o deputado Urzeni Rocha (PSDB-RR). Ele, no entanto, abandonou o Conselho de Ética, no dia 21 de junho.
Procurado pelo blog, o parlamentar foi taxativo: “Não tenho nada a declarar. Pedi desligamento por questão de foro íntimo”.
Foro íntimo?
“Quem não entender o que é foro íntimo mande um e-mail que eu explico”, respondeu o deputado e em seguida gargalhou.
O e-mail dele: dep.urzenirocha@camara.gov.br.
Urzeni responde a processos no Supremo Tribunal Federal por peculato e corrupção eleitoral.
Indicado hoje, o novo relator do processo de Paulo Roberto Pereira será o deputado Chico Alencar (Psol-RJ).
“Espero que ele se recupere para poder exercer com vigor o direito de defesa. Só posso começar a agir depois de ele ser notificado”, disse Chico ao blog.
Olá!
ResponderExcluirLeiam artigo objetivo e isento de sensacionalismo sobre o caso Bruno. Se gostar divulgue e comente:
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