Os deputados espanhois aprovaram nesta quinta-feira em definitivo uma lei para flexibilizar o mercado de trabalho, num contexto de elevadas taxas de desemprego, indicou o parlamento em um comunicado.
Em protesto contra a nova legislação, os dois principais sindicatos do país anunciaram ter convocado uma greve geral para o dia 29 de setembro.
A reforma é considerada essencial para reativar a economia e combater a recessão, da qual a Espanha ainda não se livrou.
O governo socialista de José Luis Rodriguez Zapatero aprovou sua própria versão das reformas -- que tornam mais fácil e barato para as empresas demitir funcionários -- em junho, depois que as negociações com sindicatos e trabalhadores fracassaram.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) indicou que a reforma trabalhista é "absolutamente crucial" para que a Espanha reverta a taxa de desemprego, que ultrapassou os 20% nos últimos meses, e combata o enorme deficit público.
DESEMPREGO
O desemprego voltou a subir na Espanha em agosto, após quatro meses consecutivos de baixa, com 61.083 pessoas a mais na comparação com julho, o que deixa o número total próximo de quatro milhões, anunciou o ministério do Trabalho nesta quinta-feira.
No total, o número de desempregados na Espanha fechou agosto com 3,97 milhões de pessoas. Em ritmo anual, a alta do desemprego foi de 9,3% no país.
O INE (Instituto Nacional de Estatísticas) espanhol, que utiliza métodos diferentes para determinar o número de desempregados, havia antecipado em julho que o desemprego permanecera em alta no segundo trimestre do ano, a 20,09% da população ativa no fim de junho, contra 20,05% três meses antes.
AJUDA
No último dia 2, a Comissão Europeia aprovou nesta quinta-feira uma ajuda de 2,75 milhões de euros (US$ 3,52 milhões) para mais de 1.400 trabalhadores da indústria automobilística espanhola, demitidos em consequência da recente crise financeira e econômica.
O dinheiro será destinado a 1.429 dos 2.330 funcionários que perderam o emprego no setor automotivo da região da Catalunha, Nordeste da Espanha, com o objetivo de ajudá-los a encontrar um novo trabalho.
A crise econômica teve forte impacto na demanda por veículos na Espanha e em seus mercados de exportação, levando as empresas, em muitos casos, a cortar funcionários.
A ajuda aprovada pela Comissão Europeia, que agora precisa do aval dos 27 países da UE (União Europeia) e do Parlamento, viria do FEAG (Fundo Europeu de Adaptação à Globalização), criado em 2007 para ajudar Estados membros do bloco a adequarem-se a este fenômeno.
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