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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O ditador da pracinha do Batel



no blog Lado B


Para quem costuma ver Beto Richa (PSDB) apenas nas imagens editadas na TV e nas “photoshopagens” bonitinhas dos retratos oficiais – apenas os que ele e sua assessoria permitem a veiculação -, parece ser estranho o comportamento dos últimos dias, típico de quem desceu do salto diante do desespero da reta final da campanha. Não tem nada de estranho, não. A pose de bom mocinho não deu lugar à do ditador da Pracinha do Batel, é o contrário. Essa última sempre existiu… É inerente a ele e ao modo tucano de governar: amordaçando as críticas, divergências e oposições. A postura esnobe e elitista de quem não sabe conviver com as diferenças e não admite contestação não é novidade. A política do absolutismo ignorante é marca registrada no ninho. Não é à toa que é a mesma adotada por seu padrinho, José Serra, em recente entrevista de televisão, quando, descontente com o rumo da conversa, o candidato tucano tentou desligar a câmera.
Nas últimas semanas, alegando “abalo emocional”, Richa surtou, deu piti e os sintomas desses desequilíbrios se manifestaram na forma de censura a blogs – livre manifestação do pensamento, que por estar em ambiente de internet só gera impacto sobre quem quer e busca essa informação específica – de impugnação de pesquisas (Ibope e Vox Populi), de respostas atravessadas a jornalistas e de xingamento a professores estaduais, chefes de núcleos, os quais Beto definiu como “laranjas podres”. O Zé Bonitinho atacou duas categorias formadoras de opinião. Hoje, entrou com mais um pedido de impugnação de pesquisa, agora do Datafolha. Simultaneamente, uma pessoa identificada como “Robinson de Oliveira” entrou com pedido para barrar a divulgação da nova pesquisa Ibope no estado. A Justiça Eleitoral ainda não bateu martelo sobre essas solicitações.
O que tanto temem? Como diz o blogueiro Jota Agostinho, que teve censurada matéria em seu blog esta semana a pedido do Beto, a coligação “Novo Paraná”, das velhas ideias e práticas políticas, tenta reverter a pontuação do adversário Osmar, calando a voz do povo.

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