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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Da série "Delícias do Capitalismo": Governo da Espanha corta ajuda mínima para desempregados

no Opera Mundi

O chefe do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, anunciou nesta quarta-feira (01/12) novas medidas para combater os efeitos da crise, entre elas uma redução de impostos para pequenas e médias empresas e o fim do auxílio aos desempregados de longa duração. 

O seguro, de um valor de 426 euros, cerca de mil reais, beneficiava 70 mil pessoas. A medida faz parte de um pacote anti-crise para reduzir o déficit no orçamento e reequilibrar as contas públicas do país. A Comissão Europeia acolheu de forma positiva as novas ações espanholas contra a crise financeira. 

O governante anunciou também uma redução tributária no imposto sobre sociedades e a ampliação do conceito de pequena empresa para as que têm até 10 milhões de euros de faturamento, frente aos oito milhões estabelecidos atualmente. Segundo o chefe do Executivo espanhol, estas duas medidas beneficiarão 40 mil pequenas e médias empresas. 

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A crise econômica na Espanha teve como consequência um grande aumento do desemprego, que supera os quatro milhões de pessoas, 19,8% da população ativa. 

Zapatero disse nesta quarta-feira que duplicará o número de agentes de emprego de 1.500 para 3 mil. Os profissionais se encarregam de ajudar as pessoas que perdem seus postos de trabalho a encontrar novos e a se reciclar, com o objetivo de se adequar às demandas do mercado. 

Também foram anunciadas medidas com as quais se pretende fomentar o investimento empresarial reduzindo a fatura fiscal das empresas que invistam. 

Reação 

Para o Partido Popular (PP), o principal da oposição, as novas medidas econômicas anunciadas pelo governo "copiam" as sugeridas pela legenda, mas chegam tarde. 

Isso demonstra, segundo o coordenador econômico, Cristóbal Montoro, a indefinição do Executivo e sua disposição a não fazer reformas, já que o país precisa de "uma reforma tributária muito mais importante". 

A Espanha está submetida desde as últimas semanas a uma forte pressão dos mercados, que desconfiam de sua solidez econômica após o resgate da Irlanda pela União Europeia.

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