De Rogerio Distefano no MAXBLOG
ÁLVARO DIAS GOVERNADOR DO ESTADO vai a evento na Prisão Provisória do Ahu. Nunca suficientemente extasiado com o som da própria voz, como sempre as mãos e as expressões do rosto em completo descompasso com a fala, Álvaro governador deita falação, no seu melhor estilo radialista de Londrina.
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Álvaro governador baixa o malho na prisão ‘provisória’, para ele um escândalo dos governos anteriores, que deixaram uma prisão provisória, prisão tem que ser definitiva, afirmou categórico Álvaro governador.
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Álvaro governador nunca soube que a prisão provisória do Ahu sempre foi definitiva, as prisões que aconteciam nela é que eram provisórias, lá recolhidos os presos até o julgamento. Como a aposentadoria de governador, que Álvaro malhou e recusou em definitivo provisório.
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Em Álvaro governador, Álvaro senador, Álvaro quase vice-presidente da República, Álvaro militante partidário, Álvaro doador de aposentadorias para caridade, Álvaro sincero, Álvaro em si, por dentro e por fora, no verso e no anverso, por cima e por baixo, de frente e de lado, na transversal, diagonal, longitudinal, tudo é provisório, definitivamente provisório.
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Porque Álvaro Dias, de tanto ser provisório, no seu último ato provisório de desistir de aposentadoria de governador desvendou o seu mistério – o “mistério das coisas sem nenhum mistério”, como dizia o poeta Fernando Pessoa: é homem provisório.
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Lamentavelmente provisório, enganosamente definitivo na sua provisoriedade, Álvaro veio ao mundo para ser um ‘quase’ na vida. Quase um homem de palavra. Quase um governador sem aposentadoria. Quase um exemplo cívico. Pouco mais que quase nada.
Até o implante capilar do senador é provisório.
ResponderExcluirO tempo dirá.