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A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos --que possui nova maioria republicana-- votou nesta quarta-feira pela revogação da reforma da saúde. A medida é simbólica e deve ser barrada no Senado, que é de maioria democrata.
A rejeição à reforma foi apoiada por 245 legisladores contra 189, com três democratas -- Mike Ross (Arkansas), Dan Boren (Indiana) e Mike McIntyre (Carolina do Norte) -- votando junto com os republicanos.
No início do mês, os três já estavam entre os quatro representantes democratas que haviam votado para que a medida avançasse. Gabrielle Giffords (Arizona), que continua hospitalizada em estado grave após ser atingida por tiros durante um evento político em Tucson, foi a única dos quatro que não votou nesta quarta-feira.
A votação --ocorrida apenas duas semanas depois de os republicanos tomaram formalmente o controle da Câmara-- se encerrou após horas de debate sobre a lei.
Com o resultado, os republicanos, muitos deles do movimento conservador "Tea Party", cumpriram a promessa eleitoral de revogar a controversa reforma e substituí-la por uma alternativa que ajude a criar empregos e não prejudique trabalhadores e empresas.
Durante o debate desta terça-feira, o deputado republicano do Texas, Lamar Smith, resumiu a opinião generalizada da oposição de que a reforma é uma lei que "elimina empregos, aumenta os custos e limita a liberdade" dos americanos.
MAIORIA
Após o pleito de 2 de novembro, os republicanos recuperaram o controle da Câmara de Representantes, onde agora têm 241 deputados, contra 194 democratas.
O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, disse que a reforma do sistema de saúde atual, tal como está concebida, não promove o crescimento econômico nem contribui para reduzir os exorbitantes custos da saúde no país.
Os democratas, por sua vez, apontam que, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso, a revogação da reforma acrescentará US$ 230 bilhões ao déficit, além de deixar milhões de pessoas sem cobertura médica.
Apesar do avanço, a revogação não deve ter sucesso, já que, mesmo que os republicanos consigam revogar a reforma, os democratas que controlam o Senado não têm planos de debater a medida. No entanto, a estratégia republicana prevê ainda a aprovação de outras medidas para bloquear os fundos para o início da reforma.
A Casa Branca defende que, de qualquer maneira, o presidente Obama vetaria a revogação da reforma, uma de suas promessas eleitorais e considerada uma de suas principais vitórias políticas até esta altura do seu mandato.
De acordo com pesquisas de opinião, a reforma do sistema de saúde divide os americanos, com uma pequena maioria favorável à sua revogação.
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