Páginas

segunda-feira, 14 de março de 2011

CPI pode investigar suposta máfia dos radares em Curitiba


via Boletim da Profª Josete

A Bancada de Oposição na Câmara Municipal de Curitiba coleta assinaturas para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar uma possível "máfia dos radares" na cidade. Até o momento, seis parlamentares já assinaram o requerimento. São cinco vereadores da Bancada de Oposição (Professora Josete, Pedro Paulo e Jonny Stica, do PT e Algaci Tulio e Noemia Rocha, do PMDB), além do vereador Paulo Salamuni, do PV. A Expectativa é a de que haja mais adesões ao longo da semana.

O tema norteou boa parte das discussões na sessão desta segunda-feira (14). Na noite anterior, o Programa Fantástico, da Rede Globo, apresentoureportagem que desvenda um esquema de fraudes em licitações para implantação de radares em diversas cidades brasileiras, inclusive Curitiba. A denúncia é a de que as empresas concediam propina a gestores corruptos em troca de favorecimento nas licitações. Entre as empresas acusadas pela reportagem estão a Consilux, Perkons e Dataprom, que firmaram contratos com a Prefeitura de Curitiba.

Multas apagadas
No vídeo, o então diretor Comercial da Consilux, Heterley Rischter Júnior, admite, ao ser questionado pelo repórter, que a empresa já apagou do sistema infrações de trânsito em Curitiba: "[...] Já fizemos isso. Mas cara, vira um inferno". O repórter questiona: "Mas alguém descobriu?". E Rischter afirma: "Graças a Deus, não".

A vereadora Professora Josete lembrou que problemas com os radares em Curitiba sempre foram uma preocupação dos vereadores da Oposição.

O primeiro contrato entre a Consilux e a Prefeitura foi celebrado em julho de 1998. Foram realizados nove termos aditivos a esse contrato, para prorrogá-lo.

Em 2009, depois de uma série de renovações contratuais, é realizada a licitação dos radares. A Consilux ganha e continua explorando o serviço, pois foi considerada a única a atender os critérios técnicos necessários.

"A prorrogação dos contratos, por si só, já era algo muito estranho, mas a confissão do diretor da empresa que é algo muito muito comprometedor e preocupante", afirmou a vereadora, em Plenário.

Além da CPI, a Oposição propõe que o presidente da URBS compareça à Câmara para explicar as denúncias.

Ministério Público
Além dos vereadores petistas, o deputado federal Dr. Rosinha (PT) também se manifestou nesta segunda-feira (14). Ele protocolou pedido de investigação do Ministério Público sobre os contratos da Prefeitura de Curitiba com as empresas Consilux, Perkons e Dataprom. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário