Um dos principais defensores da Arena Palestra, o ex-diretor de marketing do Palmeiras, Rogério Dezembro, virou funcionário da WTorre. A empresa á e empreiteira responsável pelas obras do estádio.
A informação foi publicada na edição desta quarta-feira do Painel FC assinada por Eduardo Ohata e Bernardo Itri.
Interlocutores de Dezembro ouviram dele não existir conflito de interesse. O ex-dirigente disse que só começou a trabalhar na WTorre depois de ter se desligado da direção do clube.
O acordo entre Palmeiras e a WTorre para a construção do novo estádio gera polêmicas.
Pelo contrato, o Palmeiras terá de avisar com antecedência as datas de seus jogos em seu novo estádio nos próximos 30 anos. Não poderá treinar na Arena nem mandar nela os jogos do time B ou das divisões de base. Qualquer evento do clube que não seja futebol poderá ser vetado. E mesmo um simples amistoso terá de ser comunicado pelo menos 120 dias antes.
O clube ainda comprou espaços no próprio estádio. O Palmeiras vai pagar pelo menos R$ 3,7 milhões anuais à WTorre pelo uso de dois camarotes, vagas no estacionamento, datas para jogos comemorativos e outros benefícios no Parque Antarctica, que está em reforma desde outubro do ano passado.
COMENTÁRIO: E depois tem gente que fala da excelencia da economia de mercado diante das mazelas de um Estado corrupto e ineficente...
Prá quem não se lembra, nos séculos XVI e XVII os corsários eram livres empreendedores... Tinham contrato com a Corôa (tô falando da Instituição, não da Rainha) que era "de gaveta" e sem licitação, e usavam a espada e os canhões como ferramenta de trabalho.
Mesmo eles tinham lá sua ética (muito particular, é verdade, mas tinham).
Coisa que - ao que consta - sequer passa pela cabeça do ex-dirigente palestrino Rogério Dezembro.
Para não fugir à gíria do meio, o ilustre ex-diretor "passou recibo".
Tudo em nome do Livre Mercado.
PS: Não sou torcedor do Palestra.
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