Páginas

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Luta antimanicomial


Quando as extremosas madres-teresas-de-calcutá se manifestam, são apenas a voz do dono 
Alipio Freire no Brasil de Fato

A data 18 de maio é o Dia Nacional de Luta Antimanicomial. A grande mídia comercial preparou suas baterias e partiu para o bombardeio.
De repente, figuras entusiastas da robotização – a nova tecnologia implantada a partir do final dos anos de 1970, produzindo milhões de desempregos; entusiastas do Estado Mínimo, que desmontou todos os serviços públicos simultaneamente ao crescimento das demissões de trabalhadores; entusiastas das políticas de privatização (inclusive do SUS) acompanhadas das medidas de “higienização” dos sucessivos governos dem-tucanos de São Paulo; não mais que de repente, essas figuras assumem ares de Nossa-Senhora-da-Piedade e vêm a público em defesa da “mendicância” (sic), e da saúde mental dos homens e mulheres de rua que vivem na Cracolândia, e “que vagam pela cidade como zumbis”, resultado da “desídia do estado brasileiro”.
Resumindo: quando as extremosas madres-teresas-de-calcutá se manifestam, são apenas a voz do dono: as máfias que pretendem privatizar os serviços de saúde mental. A aparente solidariedade com os mais pobres, ou com os “diferenciados”, é puro cinismo, estratégia de marketing para nos vender, logo ali na frente, sua solução mágica: mais privataria.
A luta antimanicomial, ao contrário do que pretendem seus detratores, não descarta casos que exijam internamento, e batalha exatamente por uma desmanicomização acompanhada permanentemente por profissionais da saúde mental, através dos serviços públicos (inclusive medicamentos gratuitos). 
Enquanto isso, em outro lugar...
Onde? – Câmara Federal.
Quem? – Os deputados Aldo Rebelo (PCdoB) e Cândido Vacarezza (PT).
O que? – Tentam falsificar o texto do Código Florestal.
Para que? – Para favorecer os ruralistas.
A exemplo de quê? – A exemplo do que fez o hoje ministro da Defesa, doutor Nelson Jobim, com o texto da nossa Constituição.
Como é o nome disto? Bater carteira; passar conto-do-vigário.
Conseguiram? – Não. O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira, descobriu a tempo e botou pra quebrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário