Páginas

domingo, 1 de maio de 2011

Uma economia de R$976 milhões na Saúde


Na ruína da implantação do Cartão SUS, que em 13 anos consumiu R$400 milhões, caminhava-se para um projeto que distribuiria 200 milhões de plásticos, cada um com um chip em cuja memória estaria o prontuário do portador. Esse seria um dos maiores componentes do custo do programa. Com chip, cada cartão custaria R$5, e a conta ficaria em R$1 bilhão.

Conselho Nacional de Saúde e a comissão que cuida do projeto recomendavam que os cartões tivessem chip. Sem ele, os dados ficariam armazenados na nuvem e poderiam ser varejados por curiosos. Tudo bem, mas falta explicar por que o cartão do American Express não tem chip. Afinal, a marca funciona melhor que o Ministério da Saúde e lida com o dinheiro da clientela.

O ministro Alexandre Padilha acaba de matar o chip. Os municípios que quiserem poderão incluí-lo, às suas custas. Com a providência, cada cartão ficará por R$0,12, e a conta cairá para R$24 milhões.

Evitou-se uma despesa de R$976 milhões, que seria feita ao longo de vários anos. Esse ervanário equivale ao que se gastou no SUS, em 2009, com 20 mil transplantes de órgãos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário