Considerado paixão nacional, é difícil encontrar um homem que não goste de futebol, tanto que quem não pratica profissionalmente tem a turma do final de semana. O esporte que vem se tornando popular até mesmo entre as mulheres, depois que a seleção feminina brasileira começou a fazer bonito nos campeonatos mundiais, rendeu até um dia para ser comemorado no Brasil: 19 de julho. No entanto, segundo a nutróloga Maria Vargas, do Hospital Balbino (RJ) – especializada em alimentação de atletas profissionais e amadores –, a cada mês aumenta a estatística de pessoas que morrem nos campos por não estarem preparadas para o esforço físico. “Apesar de evidentes progressos e novos tratamentos, o número de mortes súbitas ainda é elevado, chegando próximos aos 300 mil por ano, ou seja, uma morte a cada 5 minutos”, diz.
Como todo esporte, quem pratica está sujeito a lesões e precisa fazer uma avaliação clínica, principalmente se já passou dos 40 anos. Os peladeiros de fim de semana e que não mantém uma atividade física regular estão mais expostos aos riscos de contusões. “Antes de iniciar qualquer esporte, é preciso que se faça uma avaliação com um cardiologista, que poderá avaliar, por meio de exames, se a pessoas pode realmente fazer algum tipo de esforço físico”, alerta o cardiologista Ruy de Souza Barbosa Junior, chefe da cardiologia e da emergência cardiológica do Hospital Balbino (RJ) e membro das Sociedades Brasileiras de Cardiologia e de Hipertensão.
O especialista lembra ainda que 90 minutos de futebol representam um trabalho aeróbico intenso, por isso a necessidade de preparo e condicionamento físico adequados, geralmente conseguidos com exercícios aeróbicos, alongamento e musculação. “Cada coração tem um limite de batidas por minuto.
Além de cuidados com o corpo, a alimentação é outro ponto que deve ser levado em conta. Segundo a nutróloga Maria Vargas, pessoas que praticam atividades físicas recreativas devem evitar o consumo de refrigerantes, gorduras e excesso de álcool. “Os peladeiros, por representarem um grupo com riscos elevados, como evidenciam as pesquisas, devem evitar álcool e gorduras saturadas, principalmente àqueles que têm circunferência abdominal maior que 94 centímetros”, avalia.
O churrasquinho e a cervejinha depois do jogo estão proibidos? Maria Vargas ressalta que o ideal é que a dieta, não só daqueles que praticam atividade física, mas de um modo geral, deve obedecer a um estilo saudável de alimentação, onde predominam diminuição de produtos refinados e industrializados, dando preferência a carboidratos mais complexos, gorduras insaturadas e ingestão ideal de micronutrientes, extraídos através do consumo de carnes magras, hortaliças e verduras. “A suplementação não é via de regra necessária para quem tem uma alimentação ideal, salvo aqueles atletas de alta performance”, finaliza.
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