A proposta do professor Dr. Sc. Manuel Cardoso com o centro é reunir várias instituições (Fucapi, FPF, Instituto Sérgio Cardoso e todos os interessados).
Manaus, 17 de Julho de 2011
Cimone Barros (via InfoAtivo DefNet)
O professor Dr. Sc. Manuel Cardoso, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), propõe uma união de esforços às instituições de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, para instituir um centro de excelência em tecnologias assistivas, no objetivo de desvelar conhecimentos e recursos voltadas para beneficiar pessoas com restrições físicas (PESSOAS COM DEFICIÊNCIA). Para o engenheiro eletrônico, essa é uma alternativa inteligente de direcionar recursos para a formação de capital intelectual e ser um facilitador de inovação em produtos e processos no mercado global.
O amazonense lembra que, hoje, a inovação é preponderante no aspecto econômico e que o Amazonas, assim como o Brasil, enfrenta com dificuldades a competitividade chinesa. Nesse contexto, o centro pode ser uma proposta de visão estratégica para o aprimoramento do modelo Zona Franca de Manaus.
"Esse grande projeto será baseado na inovação de produtos e processos, a partir do capital intelectual obtido pelo conhecimento das restrições e funcionalidades do ser humano. Tais inovações poderão gerar novos mercados com alto valor agregado, base de sustentação das sociedades modernas e evoluídas", disse Cardoso.
O professor também é conselheiro da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) e da Fundação Paulo Feitosa (FPF), além de vice presidente do Instituto José Cardoso e Presidente da MAP Cardoso.
Segundo o pesquisador, atualmente, os países ricos não são os que detêm a maior capacidade industrial, mas os que detêm o conhecimento e os direitos de patentes sobre as inovações que esses conhecimentos geram. Nos Estados Unidos, mais de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) advém de bens intangíveis - patentes, marcas, royalties e softwares .
"A gente tem visto um esforço grande dos recentes governos no investimento e na formação de capital intelectual. E isso é, sem dúvida, de altíssima importância. Mas, para tornar esses investimentos efetivos e eficazes é necessário formar uma ponte entre a capacidade de geração de conhecimentos e a capacidade de empreendedorismo desses conhecimentos em valor econômico e social".
A proposta de Cardoso com o centro é reunir várias instituições (Fucapi, FPF, Instituto Sérgio Cardoso e todos os interessados). Cada uma ficará responsável por uma diretriz do projeto dentro do contexto global, evitando o desperdício de recursos na forma redundante de trabalhos.
A ideia é que a coordenação fique com a Fucapi, na pessoa da diretora executiva Isa Assef, que é presidente Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipt).
Os projetos do centro vão geram produtos e processos economicamente competitivos. Uma instituição, por exemplo, poderia ficar responsável pelo aspecto de tecnologias voltadas para suprimir as patologias de restrições visuais; outra focaria nas restrições de movimentação das pernas, entre outros aspectos. O professor ressalta que, dos 28 milhões de deficientes do Brasil, oito milhões são deficientes visuais.
O centro não terá um espaço físico próprio, será um grupo de gestão com representantes das instituições e com participação de empreendedores, com encontros periódicos para discussão de projetos baseados nas possibilidades econômicas e sociais dos mesmos, além do acompanhamento das diretrizes, objetivos e resultados.
O pesquisador acredita que o projeto não terá problema de sustentação financeira. No início, poderão ser utilizado recursos da lei de P&D, em que as empresas investem em pesquisa e desenvolvimento. Futuramente, a sustentação virá dos royalties gerados pelas patentes.
Fonte: http://acritica.uol.com.br/manaus/Inventor-criacao-tecnologias-assistivas-AM_0_518948433.html
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