Mário, peço vênia para colocar minha colher nessa sopa. Apesar do termo não sou rábula. Sou um cara que pensa e a muito tempo já escrevi que criança tem vontade, não tem livre arbítrio e não pode ser abandonada.
Vamos por partes. Não tem vontade: não se pode, em caso de abuso sexual, ou de outras situações alegar que a criança quis. Não tem livre arbítrio: não terá ela conhecimento suficiente para definir o que é bom ou mau para ela. Não pode ser abandonada: criança é incapaz e incapaz não pode ser abandonado, pela família, pela sociedade e pelo poder público sob pena de fazer incidir sobre eles a força da Lei.
Se tudo isso não serve para uma criança normal que diremos de uma criança cheia de krack e óxi.
Mais, adulto que pratica crime sob o efeito de drogas, não tem aliviado a pena por não ter capacidade de raciocinar? Será ele capaz de tomar decisão em que ele sequer acha que tem problemas?
Creio se tratar também de abandono de incapaz e passível de abordagem pela lei. Quando uma mãe desesperada prende de alguma forma um filho dependente, está se arriscando a ser julgada por algum tipo de crime, quando ela só está lutando pela vida do filho incapaz de pensar? E a sociedade e as autoridades, que normalmente não agem a tempo, já abandonaram o incapaz?
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