Alexandre Padilha participou da VII Conferência Estadual de Saúde de Minas Gerais hoje pela amanhã em Belo Horizonte
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou na manhã desta terça-feira (09), às 11h, em Belo Horizonte (MG), da VII Conferência Estadual de Saúde de Minas Gerais, que reúne 2 mil pessoas, entre usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), profissionais e gestores de saúde de todo o Estado, para discutir sobre os desafios e as perspectivas do SUS. "Eventos como esses são necessários para trazer a população para a discussão. É importante que os gestores escutem a sociedade nas tomadas de decisões", enfatizou.
O evento é a primeira conferência estadual de chamamento para a 14ª. Conferência Nacional de Saúde, que será realizada de 30 de novembro a 4 de dezembro, em Brasília (DF). O ministro lembrou que a conferencia, cujo tema é "Todos usam o SUS! SUS na seguridade social, política pública, patrimônio do povo brasileiro", vai tratar da qualidade do acesso e que esta qualidade depende de quatro eixos: do controle social, do atendimento básico, da assistência farmacêutica, e do atendimento integral à saúde da mulher.
Programa - Ainda na manhã de hoje (9), o ministro participou do lançamento do projeto "Mães de Minas", realizado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. "Este espírito acolhedor do povo mineiro pode ser importante na hora de acolher a gestante no posto de saúde", ressaltou Padilha. O projeto tem por objetivo reduzir a mortalidade infantil e materna no Estado, com ações de saúde voltadas para a proteção e cuidado da gestante e da criança, no primeiro ano de vida.
O Mães de Minas está em sintonia com a Rede Cegonha, do Governo Federal, que tem ações estratégicas para garantir a todas as brasileiras atendimento adequado, seguro e humanizado desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, até os dois primeiros anos de vida do bebê. Lançado em março deste ano pela presidenta Dilma Rousseff, a Rede Cegonha prevê recursos na ordem de R$ 9,397 bilhões do orçamento do Ministério da Saúde para investimentos até 2016.
O ministro lembrou que a Rede Cegonha vai ter o contato da gestante deste da primeira consulta. O contato vai permitir que o Ministério da Saúde possa acompanhar esse atendimento por meio da Ouvidoria. "Uma pesquisa (anterior a Rede Cegonha) nos mostrou que 27% das mulheres se sentem violentadas durante o parto e no período neonatal. Precisamos que vocês denunciem se isso ocorrer", disse.
Metodologia - O projeto Mães de Minas está inserido no Programa de Redução da Mortalidade Infantil e Materna (Viva Vida), que tem como público alvo, principalmente, a gestante e a criança de alto risco, assim como a mulher no rastreamento e tratamento do câncer de colo uterino e de mama. O projeto vai trabalhar com metodologia de reuniões de "grupos de gestantes" e "grupos de mães de crianças de até um ano de idade em situação de privação social". As ações que incluirão acompanhamento pré-natal e pediátrico (pelo Programa Saúde da Família e Centros Viva Vida), garantia do registro de nascimento, proporcionando o acompanhamento do desenvolvimento da criança.
Será implantado um projeto de comunicação para a gestante e sua família, com o objetivo de informar, mobilizar e sensibilizar as mães sobre o Projeto e suas ferramentas. Ainda está previsto a construção de parcerias com setores governamentais e entidades da sociedade civil para mobilização das mães para a adesão ao Projeto. A Pastoral da Criança, que conta com 90 mil voluntários em Minas Gerais, irá realizar ações de mobilização social por todo estado.
Assim como a Rede Cegonha, o objetivo do Mães de Minas é o fortalecimento do cuidado da gestante, da criança e suas famílias, identificando-as rapidamente, tão logo se tenha notícia do início da gravidez, estabelecendo um relacionamento particular com cada uma delas.
Adesão - No início de julho, municípios mineiros que integram a região metropolitana de Belo Horizonte (MG), assinaram um termo de compromisso para a adesão à Rede Cegonha e à Rede de Urgência e Emergência, programas estratégicos do governo federal. Na ocasião, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que até 2014 o Ministério da Saúde prevê o repasse de R$ 220 milhões para essas duas redes na região.
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