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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Novo desastre na saúde americana


PAULO MOREIRA LEITE
  na revista época
No último ano, as mensalidades de saúde privada subiram 9% nos EUA. Um indice especialmente cruel num país onde o desemprego também se encontra na faixa de 9%. Você poderia imaginar que, com tanta gente sem trabalho, os planos de saúde poderiam ser forçados a se adaptar a lei da oferta e da procura e moderar seus reajustes. É assim que agem os fabricantes de roupas, as lojas de eletrodomésticos, os fabricantes de automóveis.

Acontece que saúde não é uma mercadoria cuja compra você pode adiar para o ano que vem ou mesmo cancelar de vez. Você tem de enfrentar uma doença quando ela aparece, não pode cancelar um exame delicado nem deixar para extrair um tumor. Você precisa da garantia de que irá receber de um serviço que sempre será melhor não precisar utilizar, certo?

Resultado: os planos de saúde subiram de preço todos os anos, mesmo nos momentos de pior recessão, em índices que variaram entre 5% e 3%. Na última década, o salário médio americano subiu 34%. Os planos de saúde subiram  100%.

A lição deste episódio é que pensar a saúde como mercadoria é um desastre.
Deu para entender?

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