Do total dos hospitais do Paraná que atendem SUS apenas 49 tem mais de 100 leitos, que representam 11%.
A análise dos dados referentes ao quadro de internações hospitalares no Brasil, em 2010, coloca o Paraná como o Estado da federação com o maior percentual de internações hospitalares pagas no período, bem como o maior valor per capita de gastos hospitalares no Brasil.
23,7% do total de internações foram por condições sensíveis a atenção ambulatorial, portanto são internações que poderiam ser evitadas com uma boa atenção primária.
Estudo realizado em 2009, pela SESA demonstra que em algumas regiões de saúde do Estado este percentual atinge o limite de 42,14% na 21ª RS (Telêmaco Borba) e 39,41 % na 22ª RS (Ivaiporã). Isto mostra um significativo número de internações que poderiam ser evitadas desde que tivéssemos uma atenção primária a saúde qualificada nos municípios paranaenses.
O percentual de internações no Paraná está próximo a 7,67% da população/ano, próximo do limite recomendável, vários municípios extrapolam em muito este teto atingindo um percentual de até 17%.
Todo este contexto evidencia a existência no Paraná de um modelo centrado na assistência hospitalar, desarticulada da atenção primária a saúde e desprovida de um sistema regulador.
Nos últimos anos o governo do Paraná não investiu em um sistema informatizado de regulação para que a Secretaria de Saúde pudesse regular a oferta de serviços, os fluxos de acesso aos serviços de saúde são assistemáticos, usuários perambulando em busca de assistência, com grandes deslocamentos para conseguir atendimento. Não há sistema de regulação da porta de entrada do prestador, tampouco dos recursos assistenciais disponíveis ao SUS. O acesso aos serviços muitas vezes é definido em razão de questões financeiras ou de interesse do profissional em detrimento das necessidades do cidadão.
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