Em comemoração ao Dia Nacional e Internacional da Saúde do Idoso (1º de outubro), o Ministério da Saúde lança, em parceria com o Laboratório de Informações em Saúde, da Fiocruz, uma ferramenta que irá fornecer aos gestores e profissionais desaúde informações e indicadores que auxiliem na tomada de decisões e no planejamento de ações voltadas à população idosa.
O Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso (SISAP-Idoso) será oficialmente lançado durante o seminário “Relevância da informação para a construção e efetivação de política pública de saúde do idoso”, que será realizado na segunda-feira (03), no campus da Fiocruz em Manguinhos (RJ).
Pelo SISAP-Idoso é possível fazer a consulta online dos indicadores, doenças, decretos, legislação, políticas públicas e programas que contemplam a saúde do idoso em todos os estados e municípios brasileiros. A ferramenta, também, possibilita sistematizar e acompanhar as políticas, programas e instrumentos de gestão, como o Pacto pela Vida, relacionados com a saúde do idoso, e estará disponível na página do MS.
“Esse espaço será útil ao Ministério da Saúde, pois contará com todo tipo de informação sobre o idoso que servirá como base para auxiliar na formulação e planejamento de ações”, afirma a coordenadora da área técnica de Saúde do Idoso, Luiza Machado.
A atualização do sistema também será realizada pelos municípios, que receberão treinamentos para abastecer a página. Luiza Machado explica que esta medida servirá para melhorar o atendimento. “Se no interior do Amazonas foi verificado uma doença que não está sob controle, ao colocarmos esta informação no sistema teremos condições de averiguar o que está acontecendo e solucionar o mais rápido possível o problema”, destaca a coordenadora.
ESTATÍSTICAS - O Brasil, hoje, apresenta um contingente de aproximadamente 21 milhões de idosos (pessoas com idade igual ou superior a 60 anos); em 2025 esse número passará para 32 milhões, quando o Brasil ocupará o sexto lugar no mundo em população idosa, e em 2050 o percentual de idosos será igual ou superior ao de crianças de 0 a 14 anos.
Existem diversos fatores que contribuem para a maior expectativa de vida e, consequentemente, para o aumento da população idosa. Esse segmento da sociedade tem crescido de forma rápida e dentro desse grupo, os denominados “mais idosos, muito idosos ou idosos em velhice avançada” acima de 80 anos, também vem aumentando proporcionalmente e de maneira mais acelerada, constituindo o segmento populacional que mais cresce nos últimos tempos, sendo hoje mais de 12% da população idosa.
O efeito entre a redução dos níveis de fecundidade e de mortalidade no Brasil tem produzido transformações no padrão etário da população, sobretudo a partir dos anos de 1980. O ganho sobre a mortalidade e, como consequência, o aumento da expectativa de vida, associam-se à relativa melhoria no acesso da população aos serviços de saúde, às campanhas nacionais de vacinação, aos avanços tecnológicos da medicina, ao aumento do nível de escolaridade e de educação, aos investimentos na infra-estrutura de saneamento básico, ao incentivo a medidas de prevenção das doenças e promoção da saúde, à percepção dos indivíduos com relação às enfermidades.
PLANO– Para estimular um envelhecimento ativo e saudávelentre a população brasileira, o Ministério da Saúde dispõe do Plano de Ações de Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis, que propõe estratégias que visam fortalecer o envelhecimento ativo de forma saudável. Para garantir que o envelhecimento seja uma experiência positiva, deve ser acompanhado de oportunidades contínuas de saúde, participação e segurança.
As doenças crônicas não transmissíveis são as principais causas de óbitos no mundo, sendo responsáveis por elevado número de mortes prematuras e incapacidades. No Brasil, as DCNT se constituem no problema de saúde de maior magnitude, correspondendo a 72% das causas de mortes.
DIRETRIZES – A Área Técnica da Saúde do Idoso vem desenvolvendo ações estratégicas com base nas diretrizes contidas na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e nas metas propostas no Pacto pela Vida de 2006, objetivando promover o envelhecimento ativo e saudável, a realização de ações de atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa e de ações intersetoriais de fortalecimento da participação popular e de educação permanente, que serão descritas a seguir:
- Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa;- Caderno de Atenção Básica Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa – Nº 19 – distribuídos para os profissionais da rede;- Curso de Aperfeiçoamento em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa, na modalidade a distancia – visa à capacitação de profissionais de saúde da rede;- Oficinas Estaduais de Prevenção da Osteoporose, Quedas e Fraturas em Pessoas Idosas, com o objetivo de sensibilizar e capacitar os profissionais de nível superior, preferencialmente aqueles que atuam na Atenção Primária;- Oficinas de Prevenção da Violência contra a pessoa idosa com o objetivo de sensibilizar e capacitar os profissionais de saúde na identificação das pessoas idosas vítimas de maus-tratos e violência;
- Distribuição de Material Educativo;
Seminário “Relevância da informação para a construção e efetivação de política pública de saúde do idoso” e lançamento do Sisap-Idoso3 de outubro, das 9h às 17h.
Salão Internacional da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp) Rua Leopoldo Bulhões, 1.480 – Manguinhos, Rio de Janeiro.
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