Assoreamento compromete 11 mil km² do Taquari
Especialistas afirmaram que o assoreamento já compromete 11 mil km² do rio Taquari, ou seja, 1,1 milhão de hectares. Para se ter uma idéia, a área corresponde ao território dos municípios de Coxim e Rio Verde. De acordo com o coordenador-técnico do Cointa (Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Taquari), Nilo Peçanha, 30 mil toneladas de sedimentos são despejadas no rio diariamente.
O resultado é a formação de enormes bancos de areia que compõem pequenas ilhas e, consequentemente, causam o alargamento do rio. Num dos pontos percorridos por nossa reportagem, neste domingo (20), o Taquari sofreu alargamento de aproximadamente 50 metros, segundo o pescador Odir Pinto de Matos – Didi – 41 anos.
O local apontado por Didi, com cerca de 1.500 metros, foi desmatado até a margem do rio para formação de pastos. Aliás, segundo Peçanha, a pecuária é a principal responsável pelo assoreamento do Taquari, seguida de diversas culturas de lavouras e de outros fatores, como a má adequação das estradas na região.
A realidade poderia ser outra se pecuaristas evitassem a movimentação do rebanho nas encostas para beber água no rio e se produtores rurais conservassem o solo adequadamente, principalmente, com curvas de nível para escoar as águas das chuvas de forma controlada, inclusive evitando a formação de erosão.
O comandante da PMA (Polícia Militar Ambiental) de Coxim, major César Freitas Duarte, que ofereceu toda estrutura para navegação no Taquari, relatou que ainda autua muitos proprietários rurais por desmatamento ilegal para a formação de pastagens ou plantação de lavouras. “Infelizmente é a nossa realidade”, enfatizou.
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