Intrigante, pra dizer o mínimo. Em anúncio pago, publicado nos jornais de hoje (30), os empresários do transporte coletivo de Curitiba defendem uma tarifa de ônibus de pelo menos R$ 3,10 'para que o sistema tenha um ponto de equilíbrio'.
Alegam contabilizar prejuízos de 'milhões de reais' em suas contas, dizem que o sistema de bilhetagem eletrônica implantado em Curitiba é 'o mais caro e mais ineficiente do Brasil', acusam a prefeitura de não adequar as canaletas e fazer com que novos ônibus biarticulados fiquem 'parados nas garagens sem poder operar', entre outras denúncias um tanto quanto tardias.
Diante de tal anúncio publicitário, cabem algumas perguntas:
1) Qual tem sido o lucro acumulado por cada uma dessas empresas ao longo das últimas décadas?
2) Qual seria o tamanho real dívida da Urbs, empresa municipal que gerencia o setor, com essas mesmas empresas?
3) A Urbs, que historicamente tem agido como advogado de defesa das empresas, tem conseguido se defender de maneira competente nas ações movidas contra ela na Justiça?
4) O futuro prefeito Gustavo Fruet (PDT) vai romper com a prática das gestões anteriores, submissas ao cartel do setor, ou será refém deste mesmo cartel?
A meu ver, entre as primeiras medidas que deveriam ser tomadas pela administração municipal estão a reativação do conselho de transporte, a publicação da planilha detalhada dos custos do sistema e a realização de uma ampla auditoria em cada um desses custos.
Não tenho ideia se algo vai de fato mudar nessa área a partir de janeiro. Palpites?
Nenhum comentário:
Postar um comentário