Agentes de combate à dengue [terceirizados] ficam em greve até segunda-feira

Durante a paralisação, deixarão de ser realizadas visitas a residências, em busca de focos do mosquito vetor da dengue. Agentes estão com salários atrasados

na Gazeta do Povo

Funcionários da Saneamento Ambiental Urbano (SAU), empresa terceirizada responsável por ações de combate à dengue em Curitiba, vão ficar em greve pelo menos até a próxima segunda-feira (14). Eles deveriam ter recebido os salários na terça-feira (8), mas os vencimentos não foram pagos. Se o dinheiro não for depositado na segunda-feira, eles prometem permanecer parados. Com a paralisação, deixarão de ser realizadas vistorias a residências para encontrar possíveis focos do mosquito vetor da dengue.

A SAU não recebeu os repasses da prefeitura de Curitiba referente aos últimos três meses de 2012, dívida que totaliza R$ 2,9 milhões. Por conta disso, a empresa não conseguiu pagar os salários referentes ao mês de dezembro. Para fechar um acordo e evitar uma greve prolongada, a Secretaria Municipal de Saúde antecipou o pagamento da fatura referente ao mês de janeiro – de aproximadamente R$ 900 mil. Com isso, os trabalhadores poderão receber os salários já na segunda-feira.

De acordo com a prefeitura de Curitiba, os pagamentos dos últimos três meses de 2012 não foram pagos pela gestão passada e sequer foram empenhados. Por conta disso, segundo a prefeitura, os valores só poderão ser pagos após a análise do Comitê de Transparência e Responsabilidade Financeira.

Segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco), a greve foi definida por volta das 6 horas desta quinta-feira (10), em assembleia realizada pelos funcionários. Cerca de 250 agentes devem cruzar os braços até segunda-feira. Em média, cada profissional vistoria 30 residências por dia.

Assim que a greve foi aprovada, os funcionários foram em passeata até a sede da SAU. Após um ato em frente a empresa, os agentes se dirigiram à Secretaria Municipal de Saúde, onde permaneceram por três horas, segundo o sindicato.

Comentário: Durante a reunião dos representantes dos agentes de combate a dengue com a equipe da SMS, os trabalhadores afirmaram que NUNCA HAVIAM SIDO recebidos pela direção da SMS, mesmo já tendo ocorrido outros episódios de greve por diversas vezes devido aos atrasos nos pagamentos.

Os serviços de combate a dengue são terceirizados, prestados por uma empresa privada e envolvem em torno de 200 agentes. 

Os pagamentos não empenhados dificultam o seu reconhecimento/pagamento pela nova gestão municipal. 

Não pagar esta conta poderia significar a falência da SAU e o emprego de 220 funcionários capacitados e qualificados.