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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Animaaaal!!!! Valcke: 'Menos democracia, às vezes, é melhor para organizar uma Copa'



Secretário-geral da Fifa fala sobre dificuldade de realizar o Mundial no Brasil por causa do sistema político e compara com a Rússia em 2018

no site do Globo Esporte


Após um tempo sem declarações polêmicas sobre a Copa do Mundo de 2014, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou nesta quarta-feira que a democracia do Brasil pode ser um problema para a organização do torneio.

- Eu vou dizer uma coisa que é maluca, mas menos democracia, às vezes, é melhor para organizar uma Copa. Quando você tem um chefe de estado forte, que pode decidir, como talvez Vladimir Putin na Rússia em 2018, é mais fácil para nós, organizadores, do que em um país como a Alemanha, onde você tem que negociar em várias esferas. A principal dificuldade que temos é quando entramos em um país com estrutura política dividida, como é no Brasil, com três níveis, federal, estadual e municipal - disse o francês.
Um exemplo da dificuldade citada por Valcke foi a aprovação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante o Mundial, que teve que ser incluída na Lei Geral da Copa após muita discussão entre deputados e que terá que ser aprovada também em cada um dos 12 estados que serão sede do torneio.
- Há pessoas diferentes, movimentos diferentes, interesses diferentes e é um pouco difícil organizar a Copa do Mundo nestas condições - completou Valcke.
No ano passado, o francês envolveu-se em polêmica com o governo brasileiro ao afirmar que o país precisava de "um chute no traseiro" por causa dos atrasos, em 2012. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e a presidente da República, Dilma Rousseff, chegaram a pedir à Fifa um novo interlocutor para os assuntos de Copa. Porém, o mandatário da entidade, Joseph Blatter, enviou um pedido de desculpas e a crise foi contornada.
Nesta quarta, Blatter, também comentou sobre democracia e lembrou a Copa do Mundo de 1978, realizada na Argentina durante período de ditadura no país. O suíço afirmou que ficou feliz com a vitória da seleção da casa.
- É um tipo de reconciliação do público, do povo da Argentina, com o sistema político, militar na época. Eu não sei o que poderia ter acontecido se eles tivessem perdido a final para a Holanda. O jogo e o mundo mudaram, este era o meu sentimento na época.

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