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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Entrevista exclusiva do Snowden acaba em pegadinha

Um grupo de repórteres brasileiros estava entrevistando o Edward Snowden.

O papo rolava descontraído sobre as questões relativas a soberania das nações, governança da internet, segurança nacional e privacidade da rede, marco civil... Estas coisas.

Daí um dos repórteres contou para ele alguma coisa sobre a condução da política de telecomunicações do governo brasileiro de alguns anos atrás.

Contou que toda a rede de telecomunicações que havia sido construída e equipada com dinheiro público havia sido privatizada e entregue a preço de banana.

Contou para ele que a companhia(*) que ganhou de brinde, no colo, a exploração da telefonia em toda a região Sudeste (a mais rica do país) havia desembolsado o total fabuloso (e simbólico) de R$ 1,00 (HUM REAL) pelo butim. O restante foi financiado a juros muito módicos pelo BNDES. 
(*) O cara que era o dono da tal companhia atendia pelo codinome de "Jereissati" e sabia tudo de telecomunicações, pois atuava no ramo de shopping-centers.

Contou também que na ocasião, o presidente de uma das empresas (a Tel...ar) foi entrevistado quando se encontrava na porta da clínica onde iria fazer um dos muitos implantes de "telhado de vinil" em sua incipiente careca.

"Quanto vale a sua companhia?", perguntou o repórter.

"Uns 3 bilhões de dólares", respondeu o homem que alguns anos depois tornar-se-ia um dos maiores depositários de Botox® do Hemisfério Sul.

Pois a "Tel...ar" foi privatizada em um pacote que incluía mais meia dúzia de companhias do Sul e do Centro-Oeste por meros U$ 1,6 Bilhões.

Snowden também foi informado que ANTES da privatização, o governo aplicou um tarifaço monumental e promoveu o saneamento financeiro das empresas, de forma que os corsários estrangeiros (e piratas nacionais) receberam companhias com parque tecnológico instalado e RENTÁVEL. (Depois - como de costume - espalharam por aí que tudo era por conta da excelência da administração privada).

O repórter contou também que no pacote da privatização, os "çábios" dos bicos longos, penas azuis e garras de rapina haviam incluído até A TOTALIDADE DA TRANSMISSÃO DE DADOS via satélite que passou para mãos estrangeiras com a entrega da Embratel a preço de xepa de fim de feira. Em 1998, a Embratel foi vendida à empresa americana MCI pelo montante de R$ 2,65 bilhões.

Nesta hora Snowden empalideceu. Olhou fixo para o repórter e exclamou:
"Shit! All long distance data communication? For U$2,6 billion dollars??? You are cheating on me man!"
(Merda! Todos os direitos sobre comunicação de dados a longa distância? Por U$ 2,65 bilhões de dólares?? Você está zombando de mim cara!)

Dito isto, levantou-se e começou a procurar frenéticamente por algo que ninguém sabia o que era.

"What's going on Edy?" perguntou o repórter com cara de susto.
(O que está acontecendo?)

"I'm looking for the camera!!!"
(Eu estou procurando a câmera!!!)

"Camera?!? What the hell is the camera are you loking for?"
(Camera?!? Que diabos de câmera você está procurando?)

"The hidden camera of Tricky Rascal Sérgio!!!"
(A câmera escondida da pegadinha do Sérgio Malandro!!!)

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