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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Humilhados na rede hospitalar do Piauí, maranhenses recorrem a indústria de endereços falsos

no Blog da Ligia Teixeira

Leio no Blog do John Cutrim que 2014 começou com má notícia para os milhares de maranhenses, que sem outra opção, dependem da rede hospitalar do Piauí. Desde ontem, a secretaria de saúde de Teresina mandou avisar que não receberá mais pacientes oriundos do nosso estado.
A medida drástica, que já era uma amaça há tempos,  foi tomada porque o governo do estado do Maranhão insiste em não realizar o pagamento de R$ 8 milhões que deve à prefeitura da capital piauiense.
Mas, para não ficarem à míngua, pacientes do Maranhão que dependem da rede de saúde do Piauí recorrem a uma espécie de comércio clandestino de comprovantes de residência .
Em bairros da periferia de Teresina, dezenas de maranhenses negociam comprovantes de residência de moradores da cidade para apresentar como se fossem seus nos hospitais  públicos do Piauí e, assim, terem direito a atendimento.
Um morador de Teresina chega a cobrar até R$ 50,00 por um comprovante de residência atualizado. Alguns hospitais do estado já perceberam a estratégia e estão tornando ainda mais rígidos os critérios para aceitar pacientes.
Enquanto isso, maranhenses que moram em municípios na fronteira com a cidade piauiense de Parnaíba, que também recebe dezenas de pacientes daqui, já temem que a prefeitura da cidade faça o mesmo que a prefeitura de Teresina e proíba o atendimento a pacientes oriundos do Maranhão.
Moradores de Tutóia, cidade que fica a 120 Km de Parnaíba, e que são integramente dependentes da rede piauiense, dizem que são discriminados pelos hospitais do estado vizinho mas, por enquanto, ainda tem direito a atendimento.

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