Time é conhecido como 'Bugre', uma referência aos indígenas de várias etnias que não foram evangelizados
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O Guarani, que atualmente disputa a Série C do Campeonato Brasileiro, retirou a figura do Índio Caboclo de seu uniforme a pedido de um grupo de jogadores evangélicos que solicitaram a remoção do símbolo por motivos religiosos, anunciou o clube nesta quarta-feira (20).
"Cada um tem sua religião e todo mundo tem que se respeitar. Eu sou católico, mas não tenho nada contra outras religiões. Para mim, não incomodava, para outros incomodava. O pessoal de outras religiões ficou meio desconfiado com o índio e resolvemos falar para a diretoria tirar. Todo mundo aceitou, a diretoria aceitou. Mas isso não pode ser usado como desculpa pelos resultados negativos", comentou o atacante Fumagalli aos jornalistas.
A equipe adotou neste ano a figura do Índio Caboclo em seu uniforme, considerado um protetor do clube e que ganhou notoriedade quando foi pintado nas calçadas em frente ao estádio Brinco de Ouro da Princesa em 1977, um ano antes do único título do Guarani na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
O Guarani é conhecido como 'Bugre', uma referência aos indígenas de várias etnias que não foram evangelizados e, em alguns casos, que se misturavam com os africanos.
O Índio Caboclo passou a fazer parte do uniforme por uma decisão do presidente do clube, Álvaro Negrão, que é espírita. A imagem foi adotada logo nas primeiras rodadas da Série C, após a vitória por 1 a 0 sobre o Macaé, que encerrou um jejum de 71 dias sem vitórias.
No entanto, depois disso a equipe sofreu duas derrotas e três empates, o que agravou ainda mais a situação do 'Bugre' e o deixou muito próximo da zona de rebaixamento, na oitava colocação com apenas 11 pontos.
Assim, os jogadores evangélicos, com o apoio de alguns católicos e da comissão técnica, se reuniram e pediram a retirada do símbolo que não estará mais no uniforme a partir do sábado, quando o Guarani enfrenta o Madureira fora de casa.
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