na CBN Curitiba
O investimento em educação e a melhoria dos serviços públicos: são estas as saídas apontadas por especialistas para melhorar os Índices de Desenvolvimento Humano, o IDH, nas regiões mais pobres do Paraná.
Dos 399 municípios do Paraná, 4 tem um IDH considerado baixo. São eles Doutor Ulisses e Cerro Azul, na região do Vale do Ribeira, Laranjal, no centro Sul e Guaraqueçaba, no litoral. São cidades em que a população sofre com o desemprego, salários muito baixos e serviços de saúde precários. Problemas que escondem uma mesma raiz, de acordo com a coordenadora do Observatório de Indicadores de Sustentabilidade do Sesi-PR, Diva Irene da Paz Vieira: a falta de escolaridade.
Por isso, ela garante que apenas combater a pobreza não vai ajudar a aumentar o índice de desenvolvimento humano nesses municípios. É necessário elevar os níveis de conhecimento da população.
Para que o estado todo tenha qualidade de vida, Diva da Paz Vieira afirma ainda que o governador também precisa olhar com atenção para os municípios distribuídos pelo território paranaense que contem um IDH considerado médio: são 54 ao todo, boa parte deles está na região centro sul do Paraná, perto de Guarapuava.
E no desenho de um novo quadro, a oferta de emprego e a intermediação de mão de obra tem um papel importante. A análise é do economista Sandro Silva, do Dieese, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
Segundo ele, a geração de emprego não depende só de ações regionais, porque é influenciada pela economia nacional. O cenário no país hoje não é dos melhores, de acordo com o economista, com juros elevados, inflação subindo e o real valorizado frente ao dólar, o que propicia uma desaceleração na geração de empregos.
Somado a isso, há problemas como a informalidade e salários baixos. Ao governador do estado, fica o desafio de criar políticas públicas para melhorar a assistência ao trabalhador e a intermediação, diz Sandro Silva.
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