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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Tucanistão do Sul: Inadimplência do Estado sacrifica a vida dos servidores da Saúde

via SindSaude


Na medida em que a situação financeira do Estado se agrava, fica mais complicada a situação dos servidores estaduais. Calote em cima de calote, o governo tem feito do direito dos trabalhadores sua principal válvula de escape. Nenhum trabalhador consegue se planejar ao certo, sempre tem um contratempo, alguma negativa gerada pela suposta fragilidade econômica das contas do Estado.

Com relação aos trabalhadores da Saúde, a coisa fica ainda pior: sofremos com a irresponsabilidade do Estado no que se refere aos vencimentos e sofremos ao ter de trabalhar em locais de trabalho onde faltam medicamentos, infraestrutura e, acima de tudo, profissionais. 

É estresse em casa, pra equilibrar as contas do dia a dia, e é estresse no trabalho, quando temos que fazer das tripas coração para garantir a saúde dos usuários. Acompanhe a seguir um balanço dos ataques que o governo tem proferido contra os trabalhadores de dezembro pra cá.

Ticket refeição - Cerca de 400 profissionais que têm direito a receber o ticket refeição em papel estão desde maio do ano passado sem receber. O governo culpa terceiros pelo atraso, mas o fato é que esses profissionais estão há oito meses tirando dinheiro do bolso para trabalhar.

Aposentadoria - Com a aprovação de dois projetos de lei em tempo recorde na Assembleia Legislativa, o governo conseguiu emplacar duas medidas que contrariam o interesse dos servidores: a taxação dos aposentados e a implementação do fundo complementar.

Férias restritas - Muita gente foi pega de surpresa ao saber que o governo iria parcelar em três vezes o terço do salário a que os trabalhadores que saem de férias têm direito. Por desrespeitar a lei, o SindSaúde-PR ganhou na Justiça uma liminar impedindo o parcelamento. A situação segue no aguardo de nova decisão judicial.

Auxílio alimentação - Os cerca de 1.400 servidores da Sesa que têm direito ao auxílio alimentação - AA - estão há dois meses sem receber. A Secretaria da Fazenda alega que não teve condições de fazer o pagamento. O benefício, pasmem, é no valor de R$103 mensais pra quem ganha até dois salários mínimos.

Diárias - Profissionais de diversas áreas estão sem receber as diárias da Operação Verão. São trabalhadores dos quatro cantos do Estado que vão reforçar os serviços públicos nas praias e que correm o risco de ser despejados dos hotéis e pousadas onde estão instalados.

SAS - O sistema de saúde que atende os servidores e seus dependentes está fora de operação em diversas cidades do Paraná. O motivo: o governo não fez o repasse das verbas a que os hospitais conveniados têm direito.

Efeito cascata - Também devido à falta de repasse do governo, trabalhadores terceirizados estão cruzando os braços em todo o Paraná. Foi assim em Londrina, onde há quatro dias os médicos estão em um movimento grevista, e tem sido assim em Francisco Beltrão. Os trabalhadores do Sudoeste foram orientados pelas próprias empresas terceirizadas a parar as atividades por conta do atraso dos repasses.

Com essa listagem de inadimplências, o segundo mandato de Beto Richa começa tumultuando a vida dos contribuintes e do funcionalismo. Algo deu errado na política adotada. Merece avaliação mais profunda!

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