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terça-feira, 21 de abril de 2015

Somos todos Quilombo Paiol de Telha


Comunidade Quilombola Paiol de Telha
 compartilhando foto de Mika Urbanek. no Facebook



A Comunidade Quilombola Paiol de Telha, também conhecida como “Fundão”, teve a sua origem no século XVIII, quando migrantes paulistas vieram tomar posse de suas terras na região de Guarapuava.

Em 1860, Balbina Francisca de Siqueira Cortes, proprietária da fazenda Capão Grande, deixa em testamento a seus onze escravos libertos a área de terra onde hoje é o Quilombo Paiol de Telha.

A partir daí esse território foi sendo alvo de inúmeras contestações e apropriações indevidas por familiares de Balbina. Em 1970, 300 famílias foram expulsas do território por imigrantes alemães que fundaram no local a Cooperativa Agrária Agroindustrial Entre Rios, uma grande produtora de commodities na região.

Desde então a comunidade luta para garantir a regularização fundiária do espaço territorial.
Atualmente, o Paiol de Telha está dividido em quatro núcleos – Pinhão, Guarapuava, Assentamento e Barranco (localizado às margens da área original).

Os moradores do Barranco vivem em um local de pouco espaço. Impossibilitados de plantar, os moradores cultivam pequenas hortas, próximas ao acampamento, e possuem pequenas criações de animais de pequeno porte. Há um enorme desejo da comunidade de realizaram um cultivo orgânico e variado para poderem viver da própria terra, assim como seus antepassados. Isso é impossibilitado pela necessidade do plantio monocultor do milho, para a venda e sobrevivência, e também pela pulverização aérea de agrotóxicos que invade até suas casas, feita pelas colônias alemãs que os cercam.

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