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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Jornada de trabalho em saúde no Brasil

via FPA

Estudo apresentado por Ana Luíza Matos de Oliveira no último congresso da rede Regulating for Decent Work (Conferência da Rede de Regulação para o Trabalho Decente, na tradução livre), em Genebra (Suíça), tratou sobre a jornada de trabalho no setor da saúde no Brasil. A autora, após entrevistas e grupos focais com mais de 190 profissionais, especialistas e informantes por todo o país, encontrou os seguintes arranjos aplicados no setor da saúde no Brasil, para profissionais selecionados:


A autora aponta que os trabalhadores da área da saúde estão mais propensos que outros profissionais a problemas psicológicos, musculares, cardiológicos, metabólicos, entre outros, devido às longas jornadas de trabalho e em horários não convencionais, que afetam também a vida familiar, o tempo de lazer dos profissionais e também a relação com os pacientes.

O estudo ainda aponta que, devido à característica dos múltiplos vínculos na área da saúde, é difícil medir as horas efetivamente trabalhadas pelos profissionais da saúde, mas que a jornada nesse setor tende a ser mais alta que no resto do mercado de trabalho brasileiro.

Uma das recomendações do estudo é de que haja maior atenção quanto à regulação da jornada de trabalho na saúde, para a segurança dos trabalhadores e também dos pacientes. A autora ainda aponta a necessidade de aumentar a quantidade de profissionais da saúde no país, fortalecer o papel dos sindicatos, considerar as responsabilidades familiares de muitos dos trabalhadores (dado que grande parte destes é mulher), fornecer apoio psicológico para os trabalhadores e garantir um ambiente de trabalho seguro.

Para ler mais:

Brazil: Case study on working time organization and its effects in the health services sector HYPERLINK 

Brazil: Case study on working time organization and its effects in the health services sector (Presentation)

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