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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Setembro Amarelo e a realidade sobre o suicídio no mundo

MATÊ DA LUZ no Jornal GGN




Este é um tema que geralmente divide as pessoas em dois grupos: os que têm aversão ("ai, credo, que pesado") e os que têm interesse secreto ("e se alguém souber que eu leio sobre isso?"). 

Sim, talvez eu esteja sendo binária de propósito, pra deixar claro que nem tão ao mar nem tão à montanha: devemos ter, sim, tranquilidade para abordar o suicídio e, ao meu ver, como sempre nestes posts por aqui, bastante cuidado e carinho nesta abordagem. Porque se pra quem lê o tema pode ser pesado, faço um convite a soltar a imaginação e tentar sentir o que aquelas pessoas que cogitam o suicídio como única forma de solução estão sentindo. 

Não, não é um exercício simples, exige uma empatia livre de preconceitos como "ah, só os covardes tentam isso", até porque pra tirar a própria vida de uma vez só (lembrando que tabagismo, alcoolismo e outros vícios nocivos são considerados suicídio lento em algumas visões espiritualistas...) é preciso um ato de força, uma decisão firme que, se tomada na direção oposta, pode certamente salvar a pessoa. Só que esta pessoa, no caso, deve estar com seu senso de direção tão comprometido que só consegue olhar pra um lado, e infelizmente este lado é o pólo negativo da questão. 

Daí vem o Centro de Valorização à Vida que, com um trabalho singelo e voluntário, atende e acolhe as pessoas que recebem um mini sopro de possibilidade e procuram ajuda, assim mesmo, por telefone. Porque nem todo mundo tem uma família ou amigos, e nem todo mundo que tem pode comentar sobre a não vontad de viver ou, ainda, se comenta, pode enfrentar opiniões distintas. Enfim, há tantos e tantos cenários individuais que podem comprometer o redirecionamento de uma pessoa no sentido de viver a vida com e apesar das dificuldades que a oferta do CVV é absolutamente necessária e louvável.

O falar sobre isso salva vidas, antes de mais nada porque se sentir vivo se trata de ter um mínimo de troca e integração entre o mundo interno e o externo.

Daí a relevância de um Setembro Amarelo como este, que vem mostrar pra gente que sim, tem quem se importe - comigo, com você e com este mundo que a gente vive: apesar da e com toda a dificuldade que estamos, todos nós, enfrentando. 

CONTATOS DO CENTRO DE VALORIZAÇÃO À VIDA:


Telefone: 141

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