Usar a educação como forma de prevenir a violência contra o idoso foi uma das propostas apresentadas pelos membros da mesa que debateu o enfrentamento violência na 2ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, que está sendo realizada em Brasília.
As crianças não nascem com o preconceito, isso é uma coisa que elas adquirem durante a vida. Se elas aprenderem como valorizar o idoso dentro e fora de casa desde pequenas, nós podemos valorizar essa criação. Quanto mais educação, menos violência, afirmou o pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) Vicente de Paula Faleiros.
O pesquisador também ressaltou que um tipo freqüente de agressão contra o idoso é a violência estrutural, caracterizada pela situação de pobreza e exploração. Um exemplo é a garantia Previdência social. Quando o Estado não facilita essa situação para o idoso, está claramente praticando uma violência, disse Faleiros.
Os participantes da mesa avaliaram que o sistema de transporte e as próprias cidades do país ainda não estão adaptados para as pessoas idosas. É plenamente viável diminuir a violência contra os idosos no trânsito, criando faixas e cursos de capacitação para os motoristas, por exemplo, exemplificou a representante do Pará, Marilcéia Aguiar.
Faleiros lembrou que outro tipo comum de violência contra os idosos é a discriminação, inclusive da própria família. Esse tipo de violência fere profundamente a dignidade da pessoa. Atualmente, 53% dos idosos do país dizem que já sofreram discriminação, o que é um absurdo. É necessário trabalhar na prevenção e mediação desse tipo de agressão conclui o pesquisador.
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