DIANA BRITO
colaboração para a Folha Online, no Rio
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio apresentou nesta sexta-feira um estudo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) que mostra que, nos últimos cinco anos, o Estado gastou ao menos R$ 263 milhões para custear tratamentos de doenças causadas pelo fumo --o qual poderia ser investido em outros programas de promoção da saúde.
Segundo a pesquisa, o comprometimento de recursos da saúde oriundos do SUS (Sistema Único de Saúde) para atendimento hospitalar e ambulatorial dos pacientes com infarto agudo do miocárdio, AVC (acidente vascular cerebral) e câncer de pulmão chegou a R$ 766 milhões no Estado.
A despesa média do Estado é de R$ 52,6 milhões somente para estas três doenças relacionadas ao tabaco, por ano, segundo a pesquisa. Ainda de acordo com o estudo, mais de 82 mil pessoas tiveram um destes problemas de saúde --relacionados ao tabagismo-- nos últimos cinco anos no Rio.
"Deste total, foram causados pelo tabaco 8.920 casos de infarto; 15.400 casos de derrame cerebral e 6.000 casos de câncer de pulmão que poderiam ser evitados", afirmou a pesquisa.
Fumo passivo
A pesquisa também mostra que foram gastos R$ 18,3 milhões para cada ano de custos estimados para o pagamento de benefícios ou pensões, pelo INSS, a fumantes passivos que adoeceram e morreram em decorrência de doenças ligadas ao tabagismo.
Um estudo do Inca (Instituto Nacional de Câncer) e da UFRJ realizado em 2008 mostrou que o SUS gasta pelo menos R$ 19,15 milhões por ano com tratamento de doenças provocadas pela exposição de não fumantes à fumaça ambiental de tabaco ou tabagismo passivo no país.
O estudo foi realizado pelo NETT (Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo), da UFRJ.
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