Marcondes Brito no blog do Noblat
É preciso esperar até o dia 30, quando termina o prazo de transferências para o exterior, para saber se o São Paulo - agora no G4, depois de bater o Goiás - terá mesmo recuperado o seu espírito de campeão.
Sabe-se que pelo menos dois dos seus jogadores, Miranda e Hernanes, estão na mira dos empresários. São eles, os chamados Agentes-Fifa, os atravessadores de todas as transações.
O bom time do Goiás também pode ser desmontado, principalmente porque tem vários ex-juniores entre os profissionais, ou seja, jogadores bons e baratos. Do jeitinho que os gringos gostam.
Só em 2008 foram 1.176 novas transferências, um recorde que certamente poderá ser quebrado este ano. Somos os maiores exportadores de "pé-de-obra" do mundo.
Foi necessária a intervenção do presidente Lula - muito aborrecido com o desmanche do seu time, o Corinthians - para se tentar atenuar esse problema.
Está em estudo uma mudança no nosso calendário para evitar a saída de craques em pleno campeonato. Isso não vai diminuir o êxodo, mas evitará maiores aborrecimentos para torcedores ilustres como o presidente da República.
Na semana passada, num encontro fortuito com o governador José Serra, tive a oportunidade de abordar o assunto com ele.
Palmeirense convicto, Serra me disse que telefonou para Luiz Gonzaga Beluzzo, presidente do clube, e pediu para não venderem o volante Pierre. Conincidência ou não, deram um bom aumento e o jogador ficou por aqui.
É a política cada vez mais interferindo no futebol. E essa combinação nem sempre pode trazer bons resultados.
Vejam, por exemplo, o caso de Fernando Sarney, vice-presidente da CBF para a região Nordeste. Alguma motivação política deve existir para tamanha deferência do presidente Ricardo Teixeira.
Afinal , Fernando nunca teve qualquer envolvimento com futebol.
O filho do senador José Sarney se destaca apenas como o único "atacante" que atua de óculos nas peladas de fim de semana, num campinho chamado Narigão, em São Luis.
O nome do seu time amador também é Narigão.
Não por acaso, depois de sustentar que não utilizaria verba pública para bancar a Copa 2014, a CBF já está correndo a sacolinha no Planalto.
Como era de se esperar, vão meter o nariz no seu, no meu, no nosso dinheirinho.
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