da Agência Brasil, em Brasília
O Ministério da Saúde prevê o aumento de 20% no número de ultrassonografias de próstata exame responsável pelo diagnóstico precoce de tumores malignos até o ano que vem. A meta, parte da Política Nacional de Saúde do Homem, é que o total de procedimentos passe de 78 mil em 2008 para 110 mil até 2010, com um investimento de R$ 4,4 milhões.
O pacote de medidas, lançado hoje (27) pelo Ministério da Saúde, prevê o aumento de até 570% na realização de procedimentos urológicos e de planejamento familiar, como a vasectomia. O objetivo é que 2,5 milhões de brasileiros com idade entre 20 e 59 anos procurem o serviço de saúde pelo menos uma vez ao ano.
A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é de que 49.530 homens tenham câncer de próstata apenas este ano. O número representa uma proporção de 52 casos da doença para cada cada 100 mil homens. Segundo dados do Inca, a taxa de mortalidade por câncer de próstata passou de 6,3 para 13,9, entre 1979 e 2006. Um aumento de 120%.
O número de cirurgias para tratar tais doenças e os casos de câncer do trato genital masculino irão aumentar em 10% ao ano, passando de 100 mil, em 2008, para 110 mil, em 2009, alcançando 121 mil até 2010. De acordo com o ministério, a iniciativa vai ampliar o acesso ao tratamento, por exemplo, do câncer de pênis tumor relacionado às baixas condições socioeconômicas e à má higiene íntima.
Um levantamento da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) indica que pelo menos mil homens têm o pênis amputado todos os anos no Brasil por causa da doença.
Vasectomia
O governo vai aumentar em 148% o valor do repasse para a vasectomia realizada em ambulatórios e em 20% o montante destinado ao procedimento com necessidade de internação. A meta do Ministério da Saúde é passar de 35 mil para 50 mil vasectomias anuais realizadas em ambulatórios em 2010.
A estratégia tem como objetivo igualar em R$ 306,47 os montantes destinados a ambulatórios e hospitais para cada cirurgia de esterilização. A ideia é incentivar o aumento da operação em ambulatórios. Em torno de 69% das vasectomias são realizadas com internação, que, de acordo com o ministério, deveria ser destinada a cirurgias mais complexas.
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