Reuters
O governo insistirá na criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) se houver uma mobilização da sociedade em favor da criação de um mecanismo voltado ao financiamento do setor, afirmou na quinta-feira o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.
Líderes de partidos governistas que se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para debater o tema afirmaram que essa foi a mensagem do Executivo aos seus aliados no Congresso. A criação do tributo pode entrar em votação na semana que vem na Câmara.
Segundo fonte do governo, o Executivo não quer encampar a ideia sem que haja um pacto com a oposição, pois já sofreu derrota ao não conseguir manter a cobrança da Contribuição Provisória sobre movimentação Financeira (CPMF).
"É preciso que haja uma movimentação, uma mobilização de prefeitos, uma mobilização de governadores", disse a jornalistas o ministro das Relações Institucionais depois do encontro.
Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), representantes da base tentarão convencer os governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), além do prefeito paulistano, Gilberto Kassab (DEM).
"Vamos procurar os grandes líderes da oposição", afirmou.
"Não podemos reeditar uma disputa entre governo e oposição. Precisamos fazer um pacto."
O parlamentar revelou que o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse na reunião que a área precisa de um financiamento adicional de aproximadamente 12 bilhões de reais por ano. Alguns dos motivos citados pelo ministro foram a necessidade de reforço da estrutura voltada ao combate do vírus H1N1 e o aumento dos gastos públicos devido ao envelhecimento da população, complementou Fontana.
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