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terça-feira, 1 de setembro de 2009

NOTA À IMPRENSA do MS - NOVA GRIPE



GABINETE PERMANENTE DE EMERGÊNCIAS
NOTA À IMPRENSA

Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil
Período entre 25 de abril e 22 de agosto

1. TENDÊNCIA DE DIMINUIÇÃO DE CASOS

• Foram notificados, no período, 30.854 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil, ou simplesmente casos graves. Do total, 6.100 tiveram confirmação laboratorial para influenza, sendo 5.206 (85,3%) positivos para o novo vírus A(H1N1).

• Segundo a distribuição dos casos graves, mantém-se a redução no número absoluto de casos na Semana Epidemiológica (SE) 33, que vai de 16 a 22 de agosto. Essa tendência já havia sido observada na SE 32, que vai de 9 a 15 de agosto.

• No entanto, ainda não é possível concluir que a tendência seja definitiva, pois existem casos em investigação laboratorial ou que não tiveram as informações sobre a conclusão diagnóstica digitadas pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde no sistema de informação.

Distribuição de casos graves, por semana epidemiológica, segundo classificação etiológica. Brasil, SE 33/2009.



2. ÓBITOS

• Foram registrados, no período, 557 óbitos por influenza A(H1N1).

Distribuição de óbitos por influenza A (H1N1) por Unidade Federada de residência. Brasil, SE 33/2009.



IMPORTANTE:

- O acréscimo no número de óbitos em relação ao último boletim NÃO SE REFERE A CASOS NOVOS DE PESSOAS QUE MORRERAM NO PERÍODO DE UMA SEMANA, mas a casos que tiveram confirmação laboratorial entre 16 e 22 de agosto.

- Reitera-se que, de acordo com o novo protocolo, o cálculo da taxa de letalidade em relação ao total de casos de influenza não é mais utilizado como parâmetro para monitorar o comportamento da doença, uma vez que os casos leves não são mais notificados, exceto em surtos. Esta conduta tem sido preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde meados de julho e seguida pela maioria dos países, com priorização para o monitoramento de casos graves por influenza.

• TAXA DE MORTALIDADE

- No comparativo com os 15 países com maior número de mortes, o Brasil tem a 7ª taxa de mortalidade, que representa o percentual de óbitos em relação à população de cada país.

Tabela – Maiores taxas de mortalidade (por 100 mil/hab.)

País
Óbitos
População
Taxa de mortalidade
1. Argentina
439
40.276.376
1,08
2. Chile
128
16.970.265
0,75
3. Costa Rica
31
4.578.945
0,67
4. Uruguai
22
3.360.854
0,65
5. Austrália
132
21.292.893
0,61
6. Paraguai
41
6.348.917
0,61
7. Brasil
557
191.481.045
0,29
8. Peru
80
29.164.883
0,27
9. Malásia
69
27.467.837
0,24
10. Canadá
71
33.573.467
0,21
11. Equador
27
13.625.033
0,19
12. Tailândia
119
67.764.033
0,17
13. EUA
522
314.658.780
0,16
14. México
179
109.610.036
0,16
15. Reino Unido
59
61.565.422
0,09
16. Colômbia
29
45.659.709
0,06

Atualização de óbitos: 26/8www.ecdc.europa.eu
Número de habitantes: IBGE/2009

- Os países com as maiores taxas de mortalidade, inclusive o Brasil, estão no hemisfério Sul, exceto a Costa Rica. É no hemisfério Sul que a pandemia atualmente apresenta maior impacto por causa do inverno. Os países do hemisfério Norte, que estão no verão, têm atualmente uma transmissão significativamente menor.

- Os países adotam periodicidade diferente para atualização do número de óbitos. Os últimos dados dos Estados Unidos, por exemplo, referem-se a 15 de agosto.


3. MULHERES E GESTANTES

• Um total de 1.980 mulheres em idade fértil (15 a 49 anos) tiveram resultado positivo para o novo vírus A(H1N1). Destas, 480 eram gestantes. Entre as grávidas, 58 morreram.


4. INVESTIMENTOS

• O governo federal decidiu nesta quarta-feira (26) enviar ao Congresso Nacional medida provisória para liberação de crédito suplementar no valor de R$ 2,1 bilhões para o enfrentamento da pandemia de Influenza A (H1N1).

• Esse recurso será utilizado na aquisição de 73 milhões de doses da vacina contra a nova gripe, compra de mais 11,2 milhões de tratamentos, equipamentos para hospitalização, material de diagnóstico, aumento do número de leitos de UTI, além da capacitação dos profissionais e ampliação dos turnos nas unidades de saúde. Leia mais em http://www.saude.gov.br

5. RECOMENDAÇÕES DA OMS PARA USO DE MEDICAMENTOS

• Documento da OMS com recomendações aos países sobre o uso de antivirais no tratamento de pacientes infectados com o novo vírus A(H1N1) reforça o protocolo que o Brasil já vem adotando desde julho. Entre as recomendações está a de que “pacientes saudáveis sem doenças complicadoras (comorbidades) não precisam ser tratados com antivirais”. Veja a tradução do documento e o link para o original (em inglês) em www.saude.gov.br

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