Pelo menos 40 ministros de meio ambiente se reúnem na manhã desta segunda-feira, 16/11, em Copenhague, para tentar, mais uma vez, chegar a um consenso mínimo sobre as metas de reduções para a 15ª Conferência do Clima, em dezembro, capaz de manter acesas, até lá, as esperanças de um acordo global, com a participação dos dois maiores emissores, os EUA e a China.
Depois de reunião de dois dias em Cingapura, os 19 líderes de nações que fazem parte da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), com a presença do presidente norte-americano, Barack Obama, e do chinês, Hu Jintao, além do primeiro-ministro da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, colocaram uma pedra sobre a possíbidade do acordo. Para o grupo, "é fora da realidade a hipótese da assinatura de um acordo", principalmente com caráter legal. A proposta de Rasmussen é de que as negociações se foquem "nas próximas semanas, no que é possível, sem permitir distrações com aquilo que não é possível".
Os presidentes Lula e Sarkozy também anunciaram que vão fazer uma verdadeira "volta ao mundo" antes da Conferência, na tentativa de convencer os países em desenvolvimento a adotar metas ambiciosas para reduzir a emissão de gases geradores do efeito estufa.
As metas brasileiras de reduzir em até 39% das emissões até 2020, anunciadas no sábado, 14/11, serão usadas como um exemplo de um forte engajamento. "Ninguém quer o impossível, mas apenas o razoável: que deixemos para o futuro um mundo pelo menos igual ao que recebemos", disse o presidente Lula na coletiva de imprensa, em Paris.
Sarkozy disse que vai enviar seus ministros à África, parte da Ásia e à América do Sul para convencer o maior número possível de países a adotar metas que demonstrem um compromisso real, a fim de fazer da conferência de Copenhague uma declaração de princípios. Os dois países também pretendem propor a criação de uma Organização Mundial para o Meio Ambiente, como parte de uma reforma ampla da ONU.
O presidente Sarkozy afirmou que, seguindo o exemplo de Lula, participará pessoalmente da Conferência do Meio Ambiente de Copenhague. O presidente Barack Obama anunciou que também estará presente "se isso for importante para o fechamento de um acordo".
No Brasil, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) também se reúne nesta segunda, em Brasília, para debater a participação do Brasil na COP-15, a partir das 14h30, no Palácio do Planalto. Participarão o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, do Planejamento, Paulo Bernardo, do Meio Ambiente, Carlos Minc, da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e da Agricultura, Reinhold Stephanes.
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