deu na Folha (reproduzido no Noblat)
Apesar da crise econômica internacional, o país atingiu em 2009 níveis inéditos de consumo. Entre setembro do ano passado, início da fase aguda das turbulências, e setembro deste ano, muitos brasileiros compraram seu primeiro carro e melhoraram a qualidade de vida da família por meio da aquisição de confortos domésticos, revela pesquisa realizada pelo Datafolha.
Dos 13 tipos de bens duráveis pesquisados, em 9 casos aumentou a parcela da população que possui esses itens. De 2008 para 2009, passou de 34% para 36% a fatia dos que têm carro; de 59% para 65% a dos que contam com máquina de lavar roupa; e de 77% para 79% a dos que dispõem de aparelho de DVD.
A auxiliar de serviços gerais Maria Lucia Souza da Silva, 34, é um exemplo. Equipou a casa toda. "Troquei o fogão e a geladeira velhos por novos, comprei micro-ondas, computador -que é para o meu filho parar de ir para a LAN house-, uma TV de 29 polegadas, um liquidificador desses que são fáceis de limpar e realizei o meu sonho de ter um home theater na sala. É incrível, quando assistimos a algum filme, parece que estamos no cinema", comemora.
Segundo ela, ainda está faltando substituir o sofá, o tanquinho e colocar, no armário, uma batedeira "como enfeite".
O passaporte de Maria Lucia para o mundo dos eletrodomésticos modernos foi um cartão de crédito emitido por uma grande rede varejista. Assim como na sua situação, para boa parte dos consumidores, esse tipo de instrumento é bem mais acessível que os empréstimos bancários e acabou se tornando uma das únicas formas de gastar no momento em que os financiamentos convencionais secaram com a crise. Assinante do jornal leia mais em: Crédito, estímulo e gosto pelo consumo turbinam compras
COMENTÁRIO:Sobre a questão acima, FHC - meio desorientado logo após sair da consulta com o reumatologista para tratar uma persistente dor no cotovelo - saiu-se com esta:
"A enxurrada de decisões governamentais esdrúxulas, frases presidenciais aparentemente sem sentido e muita propaganda talvez levem as pessoas de bom senso a se perguntarem: afinal, para onde vamos? Coloco o advérbio "talvez" porque alguns estão de tal modo inebriados com "o maior espetáculo da Terra", de riqueza fácil que beneficia poucos, que tenho dúvidas."
Eu perguntei para a minha bisavó Dona Loloca o que é que ele estaria querendo dizer com isso e ela, lá de cima, conjeturou:
"Humm... 'riqueza fácil que beneficia poucos'? Certamente ele estava mandando algum recado para aquele menino da Bahia, o Daniel Dantas e também para aqueles meninos filhos do Mendonça 'no limite da irresponsabilidade' de Barros que tanto prosperaram durante o mandato dele."
Eu achei que a Vovó Loloca estava sendo maldosa. Vai daí que abri a Folha e dei de cara com a matéria abaixo:
Da Folha
PF identifica cotistas de fundo de Dantas
Polícia Federal termina busca pelos nomes de todos os investidores brasileiros do Opportunity Fund, alvo de investigação
Maior parte de investidores deve ser indiciada; inquérito foi aberto após Operação Satiagraha, que investigou crimes financeiros do grupo
FLÁVIO FERREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Federal terminou a identificação dos cotistas brasileiros do Opportunity Fund, apontado pelas autoridades como instrumento de operações financeiras ilícitas. Esses investidores serão convocados a prestar depoimento em novembro. Grande parte deles deverá ser indiciada por, pelo menos, evasão de divisas e sonegação fiscal, segundo a PF.
Sediado nas Ilhas Cayman, o fundo é ligado ao grupo Opportunity, comandado pelo banqueiro Daniel Dantas. A carteira foi criada em 1994 e adquiriu ações de estatais no processo de privatização ocorrido no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Não é que a Vovó Loloca estava certa?
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