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sábado, 7 de novembro de 2009

Mais uma consequencia da crise avassaladora que assola o país:

Poder de compra maior diversifica gastos

Com deflação em alimentos como arroz, feijão e carne, famílias desembolsam menos em itens básicos e variam consumo

Trabalhadores com salário menor são os que mais transformam renda em consumo, pois poupam menos, diz especialista

A fatia do salário mínimo necessária para comprar a cesta básica é uma das menores em mais de uma década. Com isso, o peso dos gastos com alimentação no orçamento das famílias de menor renda tem caído.

Segundo dados do Dieese, a compra da cesta básica toma 44,99% da renda líquida (descontada a parcela da Previdência) do trabalhador que recebe salário mínimo. O resultado é melhor que o do ano passado, quando eram necessários 50,25% do rendimento para fazer essa compra. Em 1995, os produtos básicos comprometiam quase 89% da renda.

O aumento do poder de compra do salário mínimo ocorre em razão dos reajustes acima da inflação nos últimos anos e porque os preços dos alimentos se desaceleraram após dois anos de altas significativas.

O feijão, o arroz e a carne, por exemplo, ficaram mais baratos. O preço do feijão carioquinha caiu 47,39% nos últimos 12 meses, de acordo com o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fundação Getulio Vargas. Ovo, macarrão, óleo de soja, músculo bovino e carne suína também tiveram deflação.

Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV, afirma que os alimentos subiram menos que a inflação neste ano, ao contrário do que aconteceu no ano passado. Como o reajuste do salário mínimo é calculado a partir do PIB e da inflação média na economia, a conta beneficia os mais pobres, que empregam uma parte da renda maior que a dos mais ricos nos gastos com alimentação.

Com o poder de compra ampliado, essas famílias podem variar os itens consumidos. na FSP

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