Dia histórico no Conselho Nacional de Saúde. Esse foi o consenso dos conselheiros após a aprovação, por unanimidade, da Política de Atenção à Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (LGBT), que tem como meta a promoção da saúde de cada integrante desses segmentos botando abaixo o estigma do preconceito. A política visa, também, levar um atendimento digno, de qualidade e respeitoso a essa população através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na apresentação do trabalho, realizado no plenário do Conselho Nacional de saúde (CNS), na tarde de ontem, em Brasília, pelo Departamento de Apoio à Gestão Participativa (DAGEP) - um dos departamentos da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP), Ana Costa, diretora da DAGEP, lembrou o esforço dos profissionais envolvidos no projeto e como poderá melhorar a vida da população LGBT. "Essa política vai elevar a atenção à saúde dessa população e irá aumentar o acesso dela ao SUS. É o resultado de um esforço coletivo", lembrou Ana Costa.
Para o Secretário da SGEP, Antônio Alves, o trabalho merece maior atenção ainda por ter sido feito com o apoio dos movimentos sociais. "Não é uma vitória da SGEP. É mérito dos movimentos que fizeram pressão justa para valer seus direitos", destacou. A fala de Alves ecoou quando a conselheira Carmem Lucia Luiz, coordenadora da Comissão LGBT e representante da Liga Brasileira de Lésbicas no CNS, tomou a palavra. "Fico feliz em ver nossas contribuições sendo apresentadas nessa política. É exatamente o que queríamos", disse Carmem.
A aprovação da Política de Atenção à Saúde Integral de LGBT, ocorrida durante a 203° Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde, veio justamente no momento em que o Congresso Nacional discute a criação da lei que classificará como crime o preconceito homofóbico.
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