no blog do Campana
A Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu (Vizivali) disponibilizou nesta quarta-feira, dia 4, na sua página na internet – www.vizivali.edu.br – o recadastramento de dados dos alunos que concluíram o Programa de Capacitação para Docentes oferecido pela instituição em parceria com empresa Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino (Iesde).
As informações dos ex-alunos servirão para a complementação de carga horária necessária para validar os seus diplomas. De acordo com a Vizivali, o recadastramento deve ficar aberto por cerca de 20 dias.
A Vizivali chegou a abrir o recadastramento no segundo semestre de outubro, mas tirou do ar para fazer ajustes nos dias e turnos oferecidos. No recadastramento os participantes deverão informar, além de dados gerais como nome e endereço e informações sobre o programa ofertado pela Vizivali, se cursou outra faculdade ou fez pós-graduação. Também deverão assinalar se pretendem fazer o curso de complementação de pedagogia junto ao Instituto Federal do Paraná (IFPR), e quais os turnos e dias que preferem para fazer as tele-aulas, podendo optar por manhã, tarde ou noite.
O deputado Péricles de Mello (PT) acompanhou o desdobramento da proposta anunciada pelo Instituto Federal para resolver o problema de mais de 35 mil alunos, entre eles milhares de professores que aguardam o reconhecimento dos diplomas. O IFPR vai abrir 40 mil vagas para atender os professores que atuam na educação básica da rede estadual ou municipal ou que completaram o Curso Normal Superior da Vizivali.
Depois de analisar a carga horária das disciplinas ofertadas pelo programa da Vizivali, o Instituto Federal chegou à conclusão de que com uma complementação de 310 horas-aulas, cursadas durante um semestre, será possível expedir os diplomas para os participantes. A previsão é de que as aulas comecem em março de 2010 e os diplomas deverão ser expedidos ao longo do segundo semestre do ano que vem.
O Instituto Federal usará os dados do recadastramento dos alunos para planejar a distribuição dos polos nos municípios do Paraná.
Péricles destaca que a complementação será gratuita, na modalidade de ensino a distância, e que os alunos receberão o diploma em pedagogia, e não mais apenas de normal superior para séries iniciais do ensino fundamental, conforme previsto pelo programa. “Os professores vão ampliar a área de atuação até o ensino médio e em cursos de graduação superior”, enfatiza o deputado.
Péricles avisa também que os alunos poderão apresentar todos os títulos conquistados ao longo da carreira, como cursos de aperfeiçoamento e pós-graduação, para serem aproveitados pelo IFPR na complementação, o que pode diminuir a quantidade de horas-aulas. Aqueles que fizeram complementação de disciplinas em outra instituição também devem apresentar os certificados de conclusão. O Instituto irá comunicar o período de entrega desses documentos.
Telessalas
O IFPR possui atualmente 328 telessalas espalhadas por todo o Paraná. Para os municípios que não tiverem uma unidade a distância, o Instituo Federal vai ofertar a complementação desde que formem um grupo de pelo menos 40 alunos. Ainda se estuda a possibilidade de instalar telessalas nas cidades onde as turmas forem menores para que os alunos não tenham que se deslocar dos seus municípios.
Visibilidade
“Em toda nossa caminhada não perdemos a esperança de que chegaríamos a um resultado positivo”, comemora Péricles. Como presidente da Comissão de Educação da Assembleia, o deputado reconhece o apoio de milhares de professores que fizeram o curso, de lideranças que se juntaram nessa luta e de vários parlamentares em diversas ações realizadas ao longo desse tempo.
“Aprovamos, por unanimidade, projeto de lei de minha autoria, com substitutivo geral do deputado Caíto Quintana (PMDB), para que os diplomas fossem registrados; também, por unanimidade, derrubamos o veto aposto pelo governo do Estado ao mesmo projeto; realizamos várias audiências no MEC, em Brasília; promovemos audiências públicas na Assembleia Legislativa; e aprovamos moção de apelo entregue ao ministro Haddad e ao presidente Lula”, enumera.
Impasse
Os alunos começaram a frequentar as aulas da Vizivali em 2003. Algumas turmas, formadas dois anos depois, estão à espera dos diplomas há pelo menos quatro anos. O Conselho Estadual de Educação do Paraná autorizou o Programa de Capacitação duas vezes. O Conselho Nacional de Educação chegou a emitir parecer favorável à proposta do Conselho Estadual em oferecer as aluas no sistema semipresencial. Mas o mesmo Conselho Nacional reformulou sua decisão e publicou o parecer 139 de 2007, após a formação das turmas, concluindo que não era de competência do Conselho Estadual legislar sobre cursos com essa característica, o que acabou gerando o impasse.
Essa Vizivale pisou na bola com os alunos queremos justíça.
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