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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Como diria a Vovó Loloca: Quem cospe para cima...


no Conversa Afiada

Vejam o que o Zé Pedágio falou sobre as enchentes no primeiro dia dele como então prefeito de São Paulo:

Título: Serra abandona a cordialidade e critica Marta
Data Publicação: 04/01/2005
Fonte: Clipping Ministério do Planejamento

Em seu primeiro dia útil como prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB) inspecionou ontem o começo dos trabalhos de recuperação de dois piscinões, obras para contenção de enchentes, na Zona Leste. Ele esqueceu a cordialidade da cerimônia de posse, no último sábado, e criticou a administração da ex-prefeita Marta Suplicy (PT) que, segundo o tucano, deixou o sistema de contenção de enchentes sem manutenção.

O prefeito tem pressa, porque fortes chuvas ameaçam São Paulo até quinta-feira: — Agora, a curto prazo, é limpar na correria. Aquilo que puder ser feito vai ser feito. Depois, a médio prazo, é realmente dar condições para que eles funcionem direito. Piscinão custa muito caro. Não é possível fazer e deixar estragar. Você gastou o dinheiro e a população sofre com a enchente. Isso na minha gestão não vai acontecer. Mesmo com a recuperação emergencial que começou ontem, Serra disse.


Nota do Viomundo:

1. Serra vai à final da Libertadores em Belo Horizonte e o Cruzeiro perde do Estudiantes;

2. Serra vai a Interlagos e o Rubinho perde;

3. Serra vai ao jogo do Palmeiras, o Palmeiras perde (de líder com sete pontos de vantagem o clube cai para o quinto lugar e não se classifica para a Libertadores);

4. Policiais estressados se enfrentam diante do Palácio dos Bandeirantes;

4. A força da gravidade derruba trecho do Rodoanel;

5. De dois transbordamentos do rio Tietê depois de obras bilionárias, desde 2006, ambos acontecem quando Serra é o governador.

O homem pode ser um tremendo gerente, um economista brilhante e um engenheiro de primeira. Mas é um tremendo pé frio.

Um comentário:

  1. Culpa da chuva

    Custo a entender como o paulistano suporta diariamente esse indescritível colapso dos transportes urbanos e continua elegendo a mesma casta política para administrar o Estado. Ninguém jamais será responsabilizado pelo cenário apocalíptico das enchentes e dos congestionamentos monstruosos? O eleitor entregou-se a tamanha catatonia que simplesmente acredita na culpa do temporal, do feriado, do “grande fluxo de veículos”?
    São décadas de continuidade administrativa ininterrupta, com uma fortuna já incalculável pretensamente gasta em investimentos, obras faraônicas e propaganda. A malha metroviária continua ridícula e os rios infectos, transbordando sob qualquer chuvisco passageiro (não, isso não acontece apenas com precipitações intensas). E o máximo que o cidadão consegue fazer é dar de ombros e concordar que vida nas cidades piorou muito nos últimos tempos...
    Claro, essa passividade tem a colaboração militante da imprensa paulista. Um governo petista seria trucidado pelo espetáculo ignóbil destes dias chuvosos (e não mencionei segurança, educação, saúde). Mas, como a reeleição de Lula provou, a mídia não fabrica eleições sozinha. É impossível assistir ao martírio da população da capital sem constatar um sutil lampejo de merecimento.

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