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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Holandês morre com mutação de vírus da gripe suína

Agencia Estado

HAIA - Autoridades holandesas disseram hoje que morreu um paciente infectado por uma cepa mutante do vírus H1N1, causador da gripe suína. Harald Wychgel, porta-voz do Instituto Holandês para a Saúde e o Meio Ambiente, disse que ocorreu uma "pequena mudança no vírus que o tornou resistente ao Tamiflu", o principal medicamento para combater o vírus.

"O paciente já estava seriamente doente e era tratado por isso. Ele foi infectado pelo vírus e desenvolveu a resistência ao Tamiflu". A agência holandesa de notícias "ANP" disse que o homem morreu num hospital na cidade de Groningen, no norte da Holanda, e que antes ele havia desenvolvido resistência ao Tamiflu.

É o quinto caso de mutação do H1N1 na Europa, após dois na França e dois na Noruega. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse no mês passado que mutações similares ocorreram no Brasil, China, Japão, Ucrânia, Estados Unidos e México, onde a epidemia começou. A Itália também informou um caso não fatal na segunda-feira.

"As mutações parecem acontecer esporádica e espontaneamente. Até agora, não foram encontradas ligações entre o pequeno número de pacientes infectados pelo vírus mutante e aparentemente a mutação não está se espalhando", disse a OMS em 20 de novembro. As informações são da Dow Jones.

COMENTÁRIO: Posso estar falando besteira, mas é estranho que uma notícia destas, sobre saúde, tenha saído na "Dow Jones", que é uma agência especializadíssima em economia... Pode (deve) ser que seja uma informação relevante para o valor das ações dos fabricantes do Tamiflu na Bolsa de valores.
Quando eu vi a notícia, me ocorreu postá-la aqui no blog com o título:
"A crônica de uma resistência anunciada".

Me parece que a coisa é toda sincronizada:
Promove-se uma campanha mundial de exarcebação da paranóia por conta da gripe do porco. As pessoas apavoradas e com medo de morrer - graças a confusão alimentada diariamente entre as gripes porcina e aviária - engalfinham-se atrás de doses de Tamiflu... PRECISANDO OU NÃO.

Dá para imaginar a espiral exponencial que aconteceu de consumo da droga. Dá para imaginar também (e isto foi amplamente divulgado) que esta espiral de consumo aumentava - também exponencialmente - além dos lucros dos fabricante, as chances de que o H1N1 desenvolver-se resistência ao medicamento.

Esta variável (o desenvolvimento de resistência) é fato esperado, tecnicamente previsível e faz parte da ordem natural das coisas desde que o Big Bang sacudiu a ordem estabelecida no Universo.

A influência que o desenvolvimento de resistência tem na cotação das ações do fabricante na Bolsa de Valores, no entanto, só apareceu muito tempo depois do Big Bang.

O Tamiflu não é uma droga muito nova... O ciclo "vital" da droga deve estar em encerramento ou diminuição da sua efetividade. Daí fica a questão: Qual seria o interesse do fabricante em acelerar o processo de "caducidade" da droga?

Tenho dois palpites:

O primeiro: Diante do tsunami que varreu a economia do Hemisfério Norte, o aumento irracional no consumo da droga foi uma injeção formidável de dinheiro nos cofres dos fabricantes.

O segundo: Alguém aí duvida que os corsários da indústria farmacêutica já estão com o "Tamiflu-II" prontinho na gaveta esperando o melhor momento para ser colocado no mercado?

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